O mercado brasileiro não escapou do mau humor gerado pelas acusações de fraude contra o Goldman Sachs. Para a BM&FBovespa, o pregão representou a perda do patamar dos 70 mil pontos, além de seu pior resultado em cerca de sete semanas. A bolsa caiu ontem 1,56%, para 69.421 pontos. Na semana, a queda foi de 2,8%.
Os mercados acionários fecharam no vermelho em bloco. Entre as principais bolsas, ninguém escapou: o índice Dow Jones recuou 1,13%; Londres registrou baixa de 1,39%, e Frankfurt, de 1,76%; em Tóquio, a queda foi de 1,52%.
A semana, que começou com a expectativa em relação à possibilidade de a bolsa superar seu recorde os 73.516 pontos de maio de 2008 , terminou com perdas acumuladas de 2,79%. Das 63 ações que formam o Ibovespa, 51 encerraram o período no vermelho.
"O Ibovespa não aproveitou os melhores dias vividos pelo mercado norte-americano para romper sua máxima histórica. Hoje o mercado todo saiu prejudicado. Além do incômodo com o Goldman Sachs, houve indicadores que atrapalharam também, afirmou Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora.
Um dos dados decepcionantes foi apresentado pela Universidade de Michigan, cuja pesquisa apontou que os consumidores americanos estão menos otimistas neste mês. Se o consumo não se fortalece, a economia americana tem mais dificuldades para crescer e se recuperar.
No mercado de câmbio, o BC não teve de repetir sua dupla intervenção de quinta para evitar a apreciação do real. Em sintonia com o cenário externo de incertezas, o dólar subiu 0,57%, para R$ 1,762.
Para a próxima semana, Pedro Galdi, analista-chefe da corretora SLW, prevê mais agitação. "Contamos com um período de volatilidade, decorrente da safra de resultados de empresas no exterior e de eventuais desdobramentos do caso Goldman Sachs, disse.
As ações da Petrobras e da Vale, que concentram as opções, tiveram uma demanda acima do normal no pregão de ontem e acabaram respondendo por quase 45% do volume total negociado no dia. Para a ação preferencial da Petrobras, o pregão foi de baixa de 1,93%. O papel preferencial "A da Vale recuou 1,23%.
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