As distribuidoras de gás natural canalizado vislumbram na crise dos reservatórios uma oportunidade para avançar em um nicho do mercado dominado pelas elétricas: o atendimento das necessidades energéticas de grandes indústrias (ceramistas, petroquímicas, alimentícias, etc) e na classe comercial (shoppings, edifícios corporativos, hotéis, etc). Por meio da cogeração, as empresas desejam ganhar mercado sob a tese da segurança do suprimento e da qualidade do fornecimento.
Entre as vantagens estão a produção de energia próximo aos centros de consumo, o que reduz a dependência da rede externa, e o dobro de eficiência energética em relação às térmicas, que estão sendo usadas a plena capacidade.
Dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado mostram que o país conta com 74 plantas de cogeração em operação. O consumo no ano passado caiu 15,6% em relação a 2012. "A competição com a eletricidade tem sido muito difícil", disse o ex-diretor da Arsesp e especialista em gás, Zevi Kahn.