Miguel Galuccio foi indicado pela presidente argentina Cristina Kirchner para comandar a petrolífera YPF, agora estatizada.| Foto: Juan Mabromata/AFP Photo

Um engenheiro especialista em petróleo que vem de Londres, onde trabalhava na poderosa companhia americana Schlumberger, será o novo gerente-geral da YPF, expropriada da espanhola Repsol, afirmou nesta sexta-feira (4) a presidente argentina Cristina Kirchner.

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No ato de promulgação da lei de expropriação de 51% das ações da YPF, sancionada na quinta-feira, a presidente apresentou Miguel Galuccio, um engenheiro especialista em exploração de hidrocarbonetos, que simboliza o perfil professional que se pretende impor na maior empresa da Argentina.

"Teremos uma YPF alinhada com os interesses do país e absolutamente profissionalizada, o que não quer dizer que não tenha condução política", disse Kichner, esclarecendo que não se pode confundir "política partidária com a política de um país".

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Galuccio, 44 anos, trabalhou na YPF na década de 1990 quando a empresa argentina já tinha sido transformada em uma sociedade anônima, antes de que em 1999 a petroleira fora adquirida pelo grupo espanhol Repsol.

O engenheiro chegou a dirigir as operações da YPF na Indonésia e em 1999 foi trabalhar na Schlumberger, a poderosa companhia norte-americana que provê serviços de exploração e perfuração para campos petrolíferos.

Até um mês atrás, Galuccio estava radicado em Londres onde presidia a subsidiária Integrated Project Manager (IPM).

O Congresso sancionou na noite de quinta-feira a lei que expropria da Repsol 51% do capital da petroleira YPF, por ampla maioria e com o argumento de que a estatização aliviará o crescente déficit energético.

A iniciativa do governo mereceu represálias comerciais da Espanha e duras advertências em defesa dos investimentos estrangeiros dos Estados Unidos, a União Europeia (UE) e órgãos financeiros internacionais.

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