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Crise mundial

Cristina Kirchner sugere a europeus calote como o da Argentina em 2001

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, defendeu o uso das reservas do Banco Central do país para pagar os compromissos da dívida e recomendou às nações com problemas financeiros a receita argentina para enfrentar a crise de 2001/02, que incluiu default de mais de US$ 100 bilhões e reestruturação com um corte de mais de 60% do valor principal. Ela também disse que vai buscar uma posição comum com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para levar ao G-20.

"Vai haver uma reunião muito importante, em novembro, do G-20, em Cannes, sobre a crise global. A ideia é falar com a companheira presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para levar uma posição ao G-20 sobre como vemos a situação internacional e os instrumentos que acreditamos que devam ser adotados para enfrentar a crise internacional", afirmou, em sua primeira entrevista coletiva à imprensa desde fevereiro de 2010.

Cristina ressaltou que "no mundo se menciona o caso da Argentina como solução [para os países europeus endividados], uma reestruturação da dívida com corte importante. Somos um modelo. Estão olhando para nós porque o que está passando no mundo se parece muito com a Argentina de 2001", descreveu. "Vamos ver como se desenvolve a crise nesse mundo. Fomos muito heterodoxos, com medidas especiais que, muitas vezes, foram incompreendidas", alfinetou Cristina.

Cristina lembrou ter reiterado, em diversas oportunidades, que é preciso sustentar os bancos, mas assegurar também que eles injetem recursos na economia real. "Claro que Grécia não pode pagar 360 bilhões de euros, como era claro que a Argentina não podia pagar US$ 160 bilhões em dívida", acrescentou.

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