Crocs fechará fábricas próprias e suas lojas menos rentáveis

A marca de calçados Crocs anunciou nesta quinta-feira (9) que fechará a sua última fábrica própria, na Itália, após fechar a penúltima, no México, no trimestre encerrado em junho. A empresa também pretende diminuir o número de lojas próprias para focar no e-commerce.

Em comunicado à imprensa, a Crocs informou que o fechamento das fábricas tem relação com “os esforços continuados para simplificar o negócio e aumentar a lucratividade”. A empresa não detalhou como será a produção terceirizada.

A simplificação do negócio aparece em uma apresentação para investidores. Além do fechamento das fábricas e da “terceirização de toda a produção”, entre as medidas aparecem o enxugamento do número de lojas próprias para menos de 400 no mundo inteiro, “fechando ou reduzindo [a operação] das lojas improdutivas”, e a venda de operações em mercados que não são considerados o foco da companhia, como África do Sul, Taiwan, Oriente Médio e Taiwan, para distribuidores locais.

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O e-commerce, que em 2017 respondeu por 52% das vendas e é o canal que mais cresce da Crocs (23,8% no segundo trimestre de 2018), deve ser acelerado. A expectativa é que o crescimento continue forte, na casa dos dois dígitos.

A empresa, que há um ano perdeu na Justiça a disputa pela exclusividade do seu sapato icônico, agora aposta em uma nova tecnologia própria, a LiteRide, que consiste em palmilhas revestidas por uma espuma que são leves, resistentes e confortáveis. A Crocs também deverá focar nas sandálias como um vetor de crescimento — em 2017, elas responderam por 20% das vendas e, ainda assim, a Crocs detém menos de 1% do mercado global de sandálias, estimado, segundo a empresa, em US$ 23 bilhões.

No segundo trimestre de 2018, a Crocs faturou US$ 328 milhões, aumento de 4,7% em relação ao mesmo período de 2017, com lucro de US$ 30,4 milhões. O comunicado referente aos resultados do trimestre também informou o mercado da substituição da diretora financeira, Carrie Teffner. O cargo será ocupado por Anne Mehlman, ex-vice-presidente de finanças corporativas da Crocs e atual diretora financeira da Zappos.