Quem não conhece o símbolo azul da campanha "O câncer de mama no alvo da moda"? Há onze anos no Brasil, a campanha ganhou notoriedade com a participação de celebridades, que literalmente vestiram a camisa. Já foram mais de trezentos famosos. "Usamos os formadores de opinião em todas as áreas para recomendar o uso da camisa e difundir o auto-exame do câncer de mama. A coisa pegou", disse o empresário José Carlos Muioio, coordenador nacional da campanha e principal responsável pelo seu sucesso. Muoio, que é nascido em Curitiba, será homenageado pela organização do Crystal Fashion na noite desta terça-feira, às 21h.
A campanha foi criada em 1994 nos Estados Unidos, pelo estilista Ralph Lauren. "Ele havia perdido uma jovem amiga pelo câncer", contou Muoio, "ao perguntar aos médicos ficou sabendo que ela se salvaria se tivesse identificado a doença mais cedo".
No ano seguinte a campanha foi adotada pelo Instituo Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC). Foram feitos desfiles e divulgação do círculo azul, mas a idéia não prosseguiu. Foi aí que a agência Collucci Propagandas, em que Muoio trabalhava, entrou na campanha. "Nós abraçamos a causa e adaptamos ao estilo brasileiro."
Hoje a campanha brasileira, com o apoio das personalidades, é copiada no mundo todo. Inclusive no berço Estados Unidos. "Nós não ficamos restritos ao mundo da moda, mas levamos a causa à sociedade", explicou Muoio. Para ele, a campanha nasceu na moda e deve muito ao mundo fashion, mas encontrou outros espaços na sociedade.
Segundo Muoio, outra razão para o sucesso da campanha no Brasil é o espírito solidário do povo brasileiro. "Percebemos que as pessoas não podem ajudar com doações, mas gostam de contribuir indiretamente comprando um produto que lhe agrade."
Empresas como a Intimus Gel e as Alpargatas apóiam a campanha e exibem o símbolo azul nas embalagens. Na visão do empresário, o marketing social está cada vez mais presente nas empresas.
Muoio destaca a pirataria das camisas como maior adversário na campanha. Ele informou que somente a Hering está autorizada fabricar e vender as camisas. "O dinheiro arrecadado é passado por auditoria e destinado para combater o câncer de mama". Quem compra uma camisa falsificada não contribui com a causa.
Congresso mantém queda de braço com STF e ameaça pacote do governo
Deputados contestam Lewandowski e lançam frente pela liberdade de expressão
Marcel van Hattem desafia: Polícia Federal não o prendeu por falta de coragem? Assista ao Sem Rodeios
Moraes proíbe entrega de dados de prontuários de aborto ao Cremesp
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast