O Grupo Camargo Corrêa apresentou ontem uma proposta de fusão de seus negócios de cimento com os da portuguesa Cimpor, que é alvo de um plano de aquisição da CSN. De acordo com fato relevante da Cimpor, o Grupo Camargo Corrêa está propondo a distribuição de 350 milhões de euros em dividendos extraordinários aos demais acionistas do grupo português.
Uma vez concluído todo o processo de fusão, no qual a Camargo Corrêa Cimentos seria integrada à Cimpor, o Grupo Camargo Corrêa teria "uma participação necessariamente inferior a 50% do capital total e dos votos da Cimpor". A Cimpor informou não ser possível, neste momento, emitir qualquer opinião sobre a proposta, mas adiantou que a fusão dependeria da compra de uma fatia de 15% a 25% da companhia pela Camargo Corrêa.
CSN
Na semana passada, o Conselho de Administração da Cimpor rejeitou a oferta hostil de aquisição apresentada em 18 de dezembro pela CSN, que se dispôs a pagar 5,75 euros por ação do grupo português, ou 3,86 bilhões de euros considerando 100% do capital. Na visão dos conselheiros da Cimpor, a proposta da CSN subavalia a empresa, com baixo prêmio em relação a outros negócios no setor fechados na Europa nos últimos anos.