São Paulo O diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, afirmou ontem que a empresa mantém sua estratégia de internacionalização, apesar da derrota para a indiana Tata Steel no leilão da anglo-holandesa Corus, realizado ontem. "O processo de consolidação do setor siderúrgico está apenas se iniciando, o que deverá trazer melhores oportunidades de crescimento para a CSN no futuro, para as quais estaremos sempre preparados", declarou Steinbruch em nota enviada à Bolsa de São Paulo.
Apesar de não ter usado o verbo "comprar", é a ele que o dirigente da CSN se refere quando fala em "oportunidades de crescimento". Steinbruch lamentou o desfecho do leilão "teríamos preferido outro resultado" , mas disse que a empresa decidiu respeitar os limites de investimento e endividamento preestabelecidos.
A Tata venceu a disputa com uma oferta de 608 pence por ação, o equivalente a US$ 11,30 bilhões. O valor superou em US$ 90 milhões a proposta da CSN de 603 pence por ação (US$ 11,24 bilhões) e ficou bem acima das previsões de analistas de mercado. A empresa resultante da fusão deve ocupar a quinta ou sexta colocação no ranking mundial com uma produção de cerca de 22,6 milhões de tonaledas/ano.
O comportamento das ações das três empresas envolvidas na disputa indica que o preço pago foi considerado alto demais pelos investidores. O papel da Tata despencou 10,66% na Bolsa de Mumbai, enquanto o da CSN se valorizou 6%, bem acima da alta de 1,36% da Bovespa. A Corus ganhou 6,84% e fechou em 601,5 pence por ação. Desde outubro, quando a Tata fez sua primeira oferta pela empresa, as ações da Corus se valorizaram 27%.
O presidente da empresa indiana, Ratan Tata, afirmou que a compra é estratégica para os planos de expansão da siderúrgica. "O mercado está adotando uma visão severa e de curto prazo", afirmou, em relação à queda das ações da Tata.
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