O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil pesquisado pelo Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná) foi reajustado em 0,15% no mês de fevereiro. O reajuste reflete o aumento médio de 0,32% nos preços dos materiais em relação ao mês de janeiro. Os custos com mão-de-obra e encargos sociais permanecem estáveis desde o mês de julho de 2005. Nos últimos doze meses, o CUB-PR acumula alta de 6,38%.
Dos 40 itens de materiais pesquisados pelo Sinduscon-PR, a grande maioria permaneceu com preços estáveis nos meses de janeiro e fevereiro. Sete produtos registraram alta e outros quatro tiveram redução de preço. Alguns produtos adquiridos diretamente dos fabricantes, já apresentam redução de preços decorrente da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de uma cesta de materiais de construção, medida promovida pelo governo no início do mês de fevereiro.
Entre os produtos pesquisados para elaboração do CUB-PR, tiveram o IPI reduzido para zero o tubo de PVC para água e esgoto, aço para concreto, fio de cobre para eletricidade, portas e caixilhos de madeira. Também tiveram o IPI reduzido para 5% os azulejos e pisos cerâmicos, vidro, tintas, vaso sanitário e registro de pressão. A desoneração de alguns materiais é uma medida positiva, reconhece o presidente do Sinduscon-PR, Júlio Araújo Filho, "mas insuficiente para o setor obter uma efetiva redução de custos e repassar essas vantagens ao mercado comprador de imóveis".
Mais custos
Além do IPI, há um conjunto de impostos e contribuições que pesam sobre a construção civil e aumentam os custos da moradia. Estudo realizado pelo Sinduscon-PR revela que a carga de impostos sobre o preço de uma moradia popular chega a 48,95% e o maior peso vem das contribuições sociais sobre a folha de salários, respondendo por 20,79% do total da carga tributária.
A participação da mão-de-obra no custo do metro quadrado representa 55% do valor total, de acordo com a pesquisa. "A construção civil é um setor que utiliza muita mão-de-obra", frisa Araujo. "Por isso é que defendemos mudanças na legislação trabalhista e previdenciária."
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