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O governo de Cuba encerrou a capacitação de quatro mil pessoas para operar a plataforma de código aberto Linux. A iniciativa é parte de batalha do país para por fim à dependência digital com relação ao sistema operacional Windows, da Microsoft, informou a imprensa oficial cubana.

O governo comunista de Cuba decidiu pela adoção do Linux em 2005 e está pregando as vantagens ideológicas do software livre em 600 centros de informática montados pela União de Jovens Comunistas em toda a ilha.

- Com a expansão no uso do software livre, Cuba deixaria para trás sua dependência do sistema Windows e as possíveis exigências judiciais de seu proprietário, a gigante americana Microsoft - afirmou o "Juventud Rebelde", diário da União de Jovens Comunistas.

Ainda que a maioria dos computadores em operação no país empregue o sistema operacional da Microsoft, o governo pretende que metade das máquinas nos escritórios e ministérios migre para o Linux nos próximos três anos.

Mais de 3.880 cubanos passaram por cursos de Linux, de acordo com o Juventud Rebelde.

- Diferentemente do programa criado pela empresa de Bill Gates, o Linux oferece, aos usuários que desejem estudá-lo, livre acesso ao seu código-fonte e a possibilidade de modificá-lo e assim reforçar a privacidade das informações - acrescentou o diário.

O Linux é um sistema operacional de fonte aberta, que pode ser acessada e modificada por programadores e foi desenvolvido pelo finlandês Linus Torvalds. O sistema se transformou em bandeira daqueles que se opõem ao predomínio da Microsoft no mercado. Segundo autoridades cubanas, o Linux está sendo usado na alfândega do país e em breve começará também a ser utilizado nos centros de educação superior.

Cuba dispõe de cerca de 380 mil computadores ou 3,4 máquinas por 100 habitantes. O governo do país acusa os Estados Unidos de prejudicar seu desenvolvimento tecnológico por meio de um embargo comercial que já dura 45 anos e que limita a aquisição de equipamentos e o acesso à internet.

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