A mudança do Cubo Itaú para outro prédio desencadeou uma negociação para que o edifício antigo tivesse um novo ocupante. Desde o mês passado esse novo residente é o Gympass, a startup que lembra um “Airbnb da ginástica”, vendendo a empresas o acesso a milhares de estabelecimentos de atividade física como uma espécie de benefício para os colaboradores dessas organizações.
Até então, parte da equipe dividia esse prédio — que fica na Vila Olímpia, em São Paulo — com outras 51 startups de diversas áreas. Mas o Cubo Itaú cresceu e mudou para um prédio maior, a 500 metros dali. A Gympass também vem crescendo, e muito. Se quando criada, em 2012, a empresa era uma startup com poucos colaboradores, como toda iniciativa nesse modelo, hoje são 800 pessoas ligadas à empresa (metade delas no Brasil) em 14 países.
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Para receber a startup, o prédio não teve grandes mudanças. Mas o novo local deve dar mais comodidade ao grande número de colaboradores e permitir a realização de eventos, informa a assessoria. O espaço tem um auditório, antes usado pelo Cubo, que agora deve ser aberto para empresas e organizações debaterem temas relacionados à saúde, bem-estar e tecnologia.
Se por um lado a maior base é em São Paulo, a empresa diz estar presente em todo o país, com seu aplicativo para smartphone, e oferecer serviços em 18 mil academias conveniadas. No Paraná, são mais de 500 estabelecimentos de atividades físicas. “Desde a nossa fundação temos parcerias com academias da região”, diz o CEO da empresa no Brasil, Leandro Caldeira.
Foco em empresas é que fez a empresa decolar
O Gympass surgiu há seis anos, mas foi em 2015 que a empresa começou seu movimento de internacionalização, dizendo ter como objetivo a democratização da atividade física. “Inicialmente [oferecemos a ferramenta] para pessoa física (B2C). Com o tempo percebemos que poderíamos ser muito mais efetivos em nossa missão de acabar com o sedentarismo em conjunto com as empresas (B2B)”, diz Caldeira. Foram os convênios firmados com multinacionais aqui que também possibilitaram a internacionalização da empresa, com o interesse das matrizes também nos serviços da startup.
Para o empresário, as organizações têm um alcance “gigantesco”, poder de comunicação, influência e credibilidade sobre seus funcionários. “São elas que podem criar um contexto social onde boas experiências são compartilhadas”.
Hoje, o foco do Gympass é totalmente no segmento corporativo. As empresas subsidiam uma parte da mensalidade, o colaborador tem entre 50% e 80% de desconto no valor dos planos. Qualquer academia interessada em receber alunos corporativos pode ser parceira do Gympass, diz a assessoria, mas tem que haver demanda na região.
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As academias são remuneradas por receberem usuários do Gympass. Mas a empresa não revela o quanto embolsa, o valor que repassa às parceiras, nem o número de usuários ativos. Hoje, o aplicativo conta com 37 mil academias em 14 países.
À época de sua fundação, um dos idealizadores da empresa viajava bastante por conta do trabalho. Praticante de esportes, tinha problemas em manter a rotina de exercícios em outras cidades — tendo que lidar com matrículas, contratos e valores. A partir desse problema surgiu uma solução e daí o conceito do Gympass: uma plataforma com diversas modalidades e estabelecimentos de atividade física em todo o país.
“A Organização Mundial da Saúde (OMS) denomina o fenômeno [do sedentarismo] como a ‘doença do século XXI’ e lançou uma meta para diminuir a falta de atividade física no mundo em 15% até 2030”, diz Caldeira. “O Gympass quer ajudar as empresas e as pessoas nessa luta, encorajando o debate sobre o assunto”.
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