Reajuste de 15% da tarifa em junho pesou na inflação d e julho da capital.| Foto: /

A inflação está pesando mais no bolso do consumidor de Curitiba e Região Metropolitana. Apesar da leve desaceleração na passagem de junho para julho – quando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 0,91% para 0,89% – a inflação na cidade é a maior do país em todas as bases de comparação, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e  Estatística (IBGE).

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Além do índice de julho, Curitiba também teve a maior inflação no acumulado de janeiro a julho, com variação de 8,32%, e nos últimos 12 meses, quando o IPCA chegou a 10,63%, acima da média nacional de 9,56%.

Com alta de 3,44% em julho, mais do que o dobro da média nacional, e de 19,1% no acumulado do ano, o grupo Habitação tem sido o grande vilão do bolso do consumidor da capital e região.

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No mês, a alta mais expressiva veio novamente da energia elétrica, com variação de 11,4%, influência do reajuste de 15% realizado no dia 24 de junho na tarifa de energia dos consumidores. No ano, a alta da conta de luz dos moradores da capital acumula alta de 70,54%, a maior do país e bem acima da média nacional – 47,95%.

Outra pressão ao índice veio do reajuste da tarifa de água e esgoto, dividida em duas parcelas, que resultou em um aumento de 12,6% para o consumidor da capital.

Inflação acumulada em 12 meses é a maior desde 2003

Índice nacional chegou a 9,56% nos 12 meses encerrados em julho

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Brasil

A alta de 0,62% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho foi a maior para o mês desde 2004, quando o avanço foi de 0,91%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 7. Com o resultado, o índice acumula alta de 6,83% nos sete primeiros meses do ano, a maior taxa para o período desde 2003 (6,85%).

Em 12 meses, o IPCA avançou a 9,56%, o maior resultado nesta comparação desde novembro de 2003. Naquele mês, a alta no acumulado em 12 meses era de 11,02%.

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As contas de energia elétrica voltaram a ficar mais caras em julho e foram o principal impacto sobre o IPCA. A alta foi de 4,17%, segundo o IBGE. Além disso, a taxa de água e esgoto e o condomínio mais caros pressionaram o grupo Habitação, que avançou 1,52% em julho.

A tarifa de energia elétrica respondeu por 0,16 ponto porcentual da alta de 0,62% no IPCA do mês passado. Segundo o IBGE, a alta foi muito influenciada pelas regiões metropolitanas de Curitiba, onde aumentaram 11,40%, refletindo parte do reajuste de 14,39% no valor das tarifas, em vigência desde 24 de junho; e São Paulo, cujo aumento de 11,11% se deve ao reajuste de 17,00% aplicado sobre as tarifas de uma das empresas de abastecimento a partir do dia 4 de julho.

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