Superando a média nacional pelo segundo mês consecutivo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Curitiba e região metropolitana fechou o mês de abril com alta de 0,88% em comparação com o mês anterior. O índice foi o terceiro maior registrado no país, atrás apenas de Porto Alegre e Fortaleza, ambos com crescimento inflacionário de 1,08% no período. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Brasil, aumento do IPCA, que é o indicador oficial de inflação, ficou em 0,67% em abril, inferior à oscilação de março, quando a média foi de 0,92%. Em Curitiba, a taxa registrada no mês passado também não superou a de março, que foi de 1%.
Assim como no mês anterior, o aumento nas despesas com alimentação e bebidas foi o que mais contribuiu para a elevação da inflação da capital paranaense em abril, com aumento de 1,84%.
A elevação do índice, que também puxou a inflação nacional, agrava ainda mais a crise no setor de bares e restaurantes, que prevê queda de até 15% no faturamento anual dos estabelecimentos com a alta na tributação da cerveja e de outras bebidas frias, anunciada pela Receita Federal no fim abril.
O IPCA de abril mostra avanço da inflação em todos os nove setores analisados pelo IBGE. Além de Alimentação e Bebidas, os maiores aumentos da taxa foram registrados com Saúde e Cuidados Pessoais (1,33%) e Habitação (1%). O que menos sofreu variação no período foi Comunicação, com oscilação de 0,02%.
No acumulado do ano, a inflação em Curitiba chega a 3,06%. Neste período, o grande vilão é o setor de Educação, com alta de 7,11%, seguido de Alimentação e Bebidas, que registrou, desde janeiro, aumento de 6,19%.