Curitiba registrou deflação no mês de outubro, segundo cálculo do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), divulgado nesta quarta-feira (12). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrado foi de -0,07% em relação ao mês anterior. Entre janeiro e outubro a capital paranaense acumula inflação de 4,20%.
Os medicamentos foram os produtos que mais contribuíram para o resultado final do IPC de outubro. Segundo o Ipardes, os produtos do gênero apresentaram em média queda de 7,20% nos preços, principalmente por promoções feitas pelos comerciantes. As maiores quedas foram dos antiinflamatórios (-10,22%), dos vasodilatadores (-8,08%), dos antiinfecciosos e antibióticos (-5,68%) e dos antigripais e antitussígenos (-9,42%).
O grupo de alimentos e bebidas, segundo de maior influência no índice geral, apresentou alta de 0,44%, no mês passado. Destaque para a alta do feijão preto (13,75%), tomate (11,42%) e coxão mole (8,38%). Foi registrada queda no preço do leite pasteurizado (-2,35%) e do pêssego (-34,07%). Nos últimos 12 meses, o grupo formado por alimentos e bebidas subiu 11,56%, enquanto o feijão preto teve aumento de 120,52% no mesmo período, ou seja: subiu 10 vezes mais que a inflação registrada para todo o grupo.
Entre os produtos e serviços ligados a Transporte e Comunicação o destaque ficou na alta do valor das passagens de avião (5,13%) e na queda dos preços dos combustíveis: gasolina (-1,39%) e álcool (-2,71%). A habitação apresentou alta de 0,11%, destacando-se o aumento nos preços do aluguel, que variou 0,60%.
Para o cálculo da inflação, o Ipardes coleta, mensalmente, em Curitiba, cerca de 60 mil preços de produtos consumidos por famílias que possuem renda mensal que varia de 1 a 40 salários mínimos, ou seja, que ganhavam de R$ 415 a R$ 16,6 mil.