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copa 2014

Curitiba será mapeada pelo Google para o serviço Street View

São 30 carros que foram adaptados para mapear as ruas para o Street View | Gustavo Petró/G1
São 30 carros que foram adaptados para mapear as ruas para o Street View (Foto: Gustavo Petró/G1)

As cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo começaram a ter todas suas ruas fotografadas para o serviço Street View, do Google, desde a segunda-feira (4), mas a intenção da empresa é ter todas as cidades brasileiras que serão sedes da Copa do Mundo de 2014 em seu site de mapas. Curitiba é uma das cidades sede e também será mapeada.

"Vamos fotografar dos grandes centros urbanos para os menores, de acordo com o interesse público. Naturalmente, vamos privilegiar as grandes capitais e as cidades que sediarão a Copa do Mundo", afirma Feliz Ximenes, diretor de comunicação do Google Brasil. "Esses locais despertarão muito interesse tanto dos brasileiros como do mundo todo". Na cidade de São Paulo, a estimativa é que o mapeamento leve cerca de 4 meses.

Em seguida, os 30 carros adaptados especialmente para comportar uma torre com nove câmeras irão fotografar as ruas das grandes metrópoles e das cidades turísticas até chegar aos menores municípios brasileiros. O trabalho no Brasil será contínuo, como é feito nos 28 países em que o Street View está presente no Google Maps. Os carros não irão parar de rodar pelo país.

O Google Maps é um conjunto de mapas de todas as cidades e ruas do mundo e o Street View é uma funcionalidade adicional deste serviço. "Nem todo mundo consegue interpretar um mapa com naturalidade", explica Ximenes. "Faz muito mais sentido olhar o mapa através da realidade das ruas e nosso serviço traz a representação gráfica e agrega a ela uma representação real das localidades e das referências geográficas".

As nove câmeras fotográficas captam imagens do horizonte e do céu, fornecendo uma captura de 360º na horizontal e 280º na vertical. Ao fotografar as ruas, um GPS marca as imagens para que o computador identifique onde é o local. "As imagens são tratadas por um software proprietário desenvolvido pelo Google, criando uma espécie de bolhas", diz o diretor de comunicação. "A sensação é que se trata de uma imagem única que, quando associada a outras capturas, dará uma ilusão de sequência ao se navegar pelo Street View".

Problemas e privacidade

O Google não tem uma perspectiva de quanto tempo levará para fotografar as ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro – Belo Horizonte já foi mapeada por ser a sede do centro de engenharia da companhia no Brasil. A estimativa é que leve entre três e quatro meses para realizar as fotos e mais alguns meses para processar as imagens. O tempo e o trânsito podem ser alguns dos problemas que os carros enfrentarão durante a ronda diária. As fotografias não ficam com qualidade quando chove, apresentando pingos e borrões, embora as câmeras sejam à prova de água. A empresa não quer também que as fotos mostrem um mar de carros parado – cena comum em São Paulo. "Os carros estão saindo para o trabalho fora dos horários de pico de trânsito", conta Ximenes. Toda a capital paulista, inclusive regiões periféricas e com pouca segurança, terá suas ruas fotografadas.

Outra preocupação é com a privacidade. Ao capturar imagens em ruas movimentadas, é impossível evitar que pessoas apareçam no Street View. Para evitar que elas sejam identificadas nas fotos, o Google utiliza um software que borra os rostos e placas de carro automaticamente. Caso alguém se reconheça ao navegar pelo serviço, existe um link na parte inferior da página que pode ser acessado. Após preencher um formulário e enviar a solicitação para a empresa, a imagem será removida.

No entanto, há quem deseje aparecer a todo o custo no Street View e ir para a posteridade da internet. "Para evitar que estas pessoas fiquem muito excitadas com a exposição, não revelamos por onde o carro vai passar", afirma o diretor do Google. "A única certeza é de que ele irá passar na sua rua uma hora ou outra".

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