A riqueza segue mal distribuída no País, segundo o estudo Produto Interno Bruto dos Municípios 2005 - 2009, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2009, aproximadamente 25% de toda a geração de renda do país estava concentrada em apenas cinco municípios: São Paulo (12,0%), Rio de Janeiro (5,4%), Brasília (4,1%), Curitiba (1,4%) e Belo Horizonte (1,4%). Juntos, esses municípios concentravam 12,6% da população nacional. No entanto a diferença da riqueza por São Paulo está longe de ser equiparada à dos demais municípios da lista.
Embora sempre na liderança do ranking de participação no PIB nacional, a fatia que cabe ao município de São Paulo é volátil. Em 2005, era de 12,2%. Em 2006, caiu para 11,9% em 2006, para se recuperar a 12,1% em 2007. Em 2008, a fatia foi de 11,8%, e agora, em 2009, passou a 12%. Em 2009, o município não foi afetado pela crise internacional porque as atividades tipicamente da capital paulista, que são o setor financeiro e as indústrias voltadas para o mercado interno, não perderam participação no PIB.
PIB per capita nacional
Embora o PIB per capita brasileiro tenha sido de R$ 16.918 em 2009, o PIB per capita de mais da metade dos municípios brasileiros não chega a nem 50% desse valor, segundo a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2005 - 2009, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os municípios com maior PIB per capita em 2009 tinham como característica em comum a baixa densidade demográfica. São Francisco do Conde (BA) apareceu em primeiro lugar, graças à segunda maior refinaria em capacidade instalada de refino do País. O PIB per capita do município foi de R$ 360.815,83. A população local somava apenas 31.699 pessoas.
Em segundo lugar ficou Porto Real (RJ), com PIB per capita de R$ 215.506,46 e 16.253 habitantes, cujo resultado foi influenciado pela indústria automobilística local. Já o município de Triunfo (RS), sede de um importante polo petroquímico na região metropolitana de Porto Alegre, figurou no terceiro lugar, com PIB per capita de R$ 211.964,79 e 25.374 habitantes.
Na outra ponta, o menor PIB per capita em 2009 foi de R$1.929,97 verificado no município maranhense de São Vicente Ferrer, com população de 20.463 habitantes. O município contabilizou uma perda de 77,6% na quantidade produzida e de 83,4% no valor de produção da mandioca, em função do excesso de chuvas naquele ano.
Entre as capitais, Vitória teve o maior PIB per capita (R$ 61.790,59), seguido por Brasília (R$ 50.438,46), São Paulo (R$ 35.271,93), Rio de Janeiro (R$ 28.405,95) e Porto Alegre (R$ 26.312,45).
PIB dependente
Cerca de 35% dos municípios brasileiros tinham mais do que um terço de sua economia dependente da administração pública em 2009, segundo o levantamento do IBGE. Entre os 5.565 municípios, 1.968 (35,4%) tinham mais do que um terço de sua geração de renda proveniente da atividade de administração, saúde e educação públicas e seguridade social. Entre os municípios com maior dependência da máquina administrativa estavam Uiramutã (RR), com 80,0%, e Areia de Baraúnas (PB) com 71,4%.
Enquanto a dependência da administração pública mostrou-se disseminada, a riqueza gerada pela indústria apresentou-se concentrada. Em 2009, apenas 11 municípios concentravam cerca de 25,0% do valor adicionado bruto (valor gerado menos o consumo intermediário) da indústria do País. O grupo concentrava ainda 13,7% da população brasileira. O município de São Paulo manteve-se como o principal polo industrial do país, com participação relativa de 8,9% no ranking de participação dos municípios no valor adicionado da indústria, contra os 8,7% registrados em 2008.
Governo promete reforma, mas evita falar em corte de gastos com servidores
Boicote do Carrefour gera reação do Congresso e frustra expectativas para acordo Mercosul-UE
“Vamos falar quando tudo acabar” diz Tomás Paiva sobre operação “Contragolpe”
Brasil tem portas fechadas em comissão da OEA para denunciar abusos do STF
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast