Apesar de a inflação da Grande Curitiba ter desacelerado na passagem de abril para maio – quando foi de 1,46% para 0,76% – a capital acumula a maior variação entre todos os 13 locais pesquisados nos últimos 12 meses, com alta de 9,61% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), informou o IBGE nesta quarta-feira (10). O índice está acima da inflação oficial do país (8,47%) e bem acima do teto da meta do governo, de 6,5%. No acumulado ano, o IPCA da capital soma 6,40%, a maior taxa entre todas as regiões e acima da média nacional – 5,34%.
Dos nove grupos pesquisados, oito registraram alta em maio frente a abril, com destaque para os grupos de Saúde e Cuidados Pessoais (1,97%), Vestuário (1,38%) e Despesas Pessoais (1,11%) e Artigos para Residência (0,84%), que subiram acima da inflação média do mês. Alimentação e Bebidas (0,74%), Habitação (0,44%), Transportes (0,19%) e Comunicação (0,20%) apresentaram variação em ritmo menor. Educação foi o único grupo que teve deflação (-0,07).
Com a maior alta do mês, o grupo de Saúde e Cuidados Pessoais foi pressionado pelo reajuste de produtos farmacêuticos e óticos, que tiveram variação de 3,04% no mês. Já no grupo das Despesas Pessoais, pesou o item “jogos de azar”, que teve alta de 12,7% em maio, puxado pelo reajuste dos preços das apostas em jogos da loteria.
Em 12 meses, o grupo Habitação acumula alta de 21,57% e é o grande vilão da inflação na capital, puxado pelo aumento acumulado de 85,51% na tarifa de energia residencial e pelo reajuste de 18,75% do gás de cozinha. Juntos, combustíveis e energia tiveram aumento de 66% no período. Também contribuem para a inflação elevada da Grande Curitiba os grupos de Saúde e Cuidados Pessoais (10,53%), Alimentação e Bebidas (9,61%).