O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (8) que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2015 em 10,67%, a maior taxa desde 2002, quando ficou em 12,53%.
A inflação ficou acima dos dois dígitos ano passado em sete das 13 regiões investigadas pelo IBGE. A maior variação foi registrada em Curitiba, com alta de 12,58%, acima da média do país. Em dezembro, a taxa na capital também ficou acima da nacional, chegando a 1,14% – no país, a alta no IPCA foi de 0,96% no mês.
Segundo o IBGE, a inflação em Curitiba foi impactada diretamente pelo reajuste de 50% nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) , que atingiu uma quantidade expressiva de itens a partir de 1º de abril do ano passado. Além disso, as tarifas da energia elétrica na região aumentaram 69,22% no ano.
Em 2014, a alta no IPCA na região de Curitiba havia sido de 6,66% – naquele ano, a variação no país foi de 6,41%.
Em 2015, também ficaram acima da média Fortaleza (11,43%), Porto Alegre (11,22%), São Paulo (11,11%) e Goiânia (11,10%). Ainda em dois dígitos, a inflação ficou em 10,52% no Rio de Janeiro e em 10,15% em Recife.
Os demais aumentos foram registrados em Campo Grande (9,96%), Belém (9,93%), Salvador (9,86%), Brasília (9,67%), Vitória (9,45%) e Belo Horizonte (9,22%).
Alimentação
Segundo o IBGE, só no grupo Alimentação e Bebidas, o de maior peso no IPCA (25,10%), a alta no país em 2015 foi de 12,03%.
Em Curitiba, novamente o aumento neste grupo ultrapassou a média nacional. A região metropolitana da capital teve a alta mais forte em Alimentação e Bebidas dentre as 13 regiões pesquisadas, chegando a 13,87%.
Na cidade, os preços dos alimentos para preparo em casa subiram 16,36% em 2015, mais do que a alimentação fora de casa, que teve alta de 9,59%.