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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que funciona como uma prévia da inflação oficial, ficou em 0,22% em julho. O resultado é inferior ao registrado em junho, cuja taxa foi de 0,38%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 4,47%, abaixo do acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (4,89%). No mesmo período do ano passado, o IPCA-15 foi 0,63%. Na análise regional, Curitiba foi a capital que apresentou o maior índice no mês de julho com 0,75%. Os alimentos apresentaram a maior variação na capital paranaense, com 0,91%. O menor índice foi registrado em Belém: -0,06%.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, o índice de julho foi influenciado pelo comportamento do grupo alimentação e bebidas, com alta menos intensa no período de 0,70% para 0,33%, tendo como destaque o leite pasteurizado (de 12,20% para 9,25%), produto que apresentou a maior contribuição individual (0,11 ponto percentual); e do grupo habitação (de 0,34% para 0,66%), que contribuiu com 0,09 ponto percentual. Os dois grupos juntos representaram 72% do IPCA-15 de julho.

De junho para julho, ficaram mais baratos para o consumidor os seguintes itens: carnes (de estabilidade para -0,35%), batata inglesa (de 10,21% para -12,91%), óleo de soja (de 1,80% para 0 25%) e pão francês (de 0,27% para -0,45%). Os preços de arroz (-2,39%), frutas (-1,80%), cenoura (-14,42%), feijão preto (-4 57%), hortaliças (-2,17%) e pescados (-0,59%) continuaram em queda.

O preço do feijão carioca, com queda de 2,76% em junho, teve alta de 5,21% em julho. No mesmo período, o preço dos ovos passou de queda de 2,73% para alta de 2,85% e o do açúcar refinado, de queda de 0,44% para elevação de 1,84%.

O levantamento revela também que a variação do grupo habitação (0,66%) no mês foi puxada principalmente pela taxa de energia elétrica (1,18%). O resultado captou mais da metade do reajuste de 8,63% concedido a partir de 4 de julho. Contribuíram também para o resultado do grupo o gás de botijão (1,34%) e aluguel residencial (0,47%).

Índice

O IPCA-15 é tido como uma prévia do IPCA, o índice que serve de referência para a meta de inflação do governo.

No mercado de juros futuros, as taxas abriram em queda após a divulgação do dado. Às 10h17, o DI janeiro de 2010 projetava 8,64 por cento ao ano, ante 8,66 por cento no ajuste da véspera. Janeiro de 2011 estava em 9,85 por cento, ante 9,89 por cento no ajuste de quinta-feira.

"O IPCA-15 foi muito bom e longe do que se esperava o mais otimista entre os analistas", disse um profissional da área de DI de uma corretora em São Paulo.

Em email a clientes, o economista do BNP Paribas Diego Donadio avaliou que, de modo geral, a melhora na maioria dos componentes do índice sustentam a avaliação do banco de que a dinâmica inflacionária está bem contida, também ajudada por um baixo efeito inercial da inflação passada.

Núcleos Recuam

Conforme levantamento da Rosenberg, todas as medidas de núcleo apresentaram desaceleração frente o mês anterior, sendo que o por exclusão passou de 0,39 para 0,13 por cento, enquanto os núcleos por médias aparadas passaram de 0,35 para 0,17 por cento (sem suavização) e de 0,46 para 0,28 por cento (suavizado).

O índice de difusão, também de acordo com a Rosenberg, cedeu, de 62,76 para 53,65 por cento.

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