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Curitiba tem maior alta da prévia da inflação do país

A prévia da inflação na região de Curitiba foi puxada para cima principalmente por causa das altas da tarifa de energia elétrica (14,89%) | Roberto Custódia/Jornal de Londrina
A prévia da inflação na região de Curitiba foi puxada para cima principalmente por causa das altas da tarifa de energia elétrica (14,89%) (Foto: Roberto Custódia/Jornal de Londrina)

A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) teve o maior aumento da prévia da inflação, conhecida como Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), neste mês, em comparação a outras capitais do país. O índice de variação de março na RMC foi de 1,72% e ficou 0,63% acima da taxa de fevereiro de 1,09%. O IPCA-15 é a prévia da inflação medida nos primeiros quinze dias de cada mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foi divulgado nesta sexta-feira (20).

Segundo o instituto, a prévia da inflação na região de Curitiba foi puxada para cima principalmente por causa das altas da tarifa de energia elétrica (14,89%), do transporte público (10,95%) e dos combustíveis (8,52%).

Julio Suzuki, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), afirma que a pressão também deve-se por conta da alta no preço dos alimentos.

“Os alimentos sofrem uma oscilação de preço muito por conta de fatores sazonais. Também pode ter ocorrido alguma interferência na distribuição por conta dos bloqueios dos caminhoneiros, que foram intensos no estado”, diz.

Para o presidente do Ipardes, o aumento de preços públicos, como a tarifa de energia e de transporte, ocorreram de forma semelhante em todas as regiões brasileiras.

Curitiba é seguida por Fortaleza e Porto Alegre (ambos com 1,38%). Na sequência vêm Goiânia (1,34%), Salvador (1,33%) e São Paulo (1,25%). Já as menores taxas de inflação foram registradas em Belém (0,76%), Brasília (0,82%) e Rio de Janeiro (1,1%).

Nacional

No Brasil, o IPCA-15 de março caiu 0,09% em comparação à taxa de fevereiro (1,33%), e ficou em 1,24%. Apesar disso, no acumulado dos últimos 12 meses o índice foi para 7,90%, o maior desde maio de 2005 (8,19%).

A taxa nacional é explicada, basicamente, pelos aumentos nas contas da energia elétrica, nos preços dos combustíveis e dos alimentos que, juntos, foram responsáveis por 77,42% do índice do mês.

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