O custo da cesta básica dos curitibanos acumula a maior alta no ano entre as 16 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese). Entre janeiro e agosto, o preço dos alimentos já subiu 22,81% na capital paranaense. O valor da cesta básica no último mês foi de R$ 229,93, a quarta mais cara do país, atrás de Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte.
O tomate é um dos produtos que mais contribuiu para o aumento. Desde janeiro, o produto acumula alta de 85,71%, apesar de ter registrado queda em agosto. Também registram grandes altas o feijão (43,83%), o arroz (29,88%) e a banana (29,67%). Entre os produtos que tiveram queda estão o açúcar (-2,59%) e o café (-1,18%).
No começo do ano, o trabalhador curitibano gastava R$ 197,77 por mês com a alimentação básica -- o equivalente a 52% do orçamento para quem ganhava salário mínimo, na época em R$ 380. Em agosto, mesmo com salário mínimo maior, de R$ 415, o trabalhador gastou 55% do que ganhou com a alimentação.
Com os dados, o Dieese calculou que o salário mínimo ideal seria de R$ 2.025,99. O valor considera os gasto de uma família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, assim como determina a legislação.
Agosto
Se levarmos em consideração apenas o mês passado, o preço dos alimentos registrou queda de 5,88% na capital paranaense. No mês, o valor da cesta básica teve retração em 15 das 16 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a pesquisa. Apenas em Goiânia foi apurada alta, de 1,15%.
Apesar da queda de 6,99% nos preços, Porto Alegre foi, mais uma vez, a localidade que apresentou o maior custo para os gêneros alimentícios essenciais, com R$ 241,16. Valor praticamente igual foi apurado para a cesta de São Paulo (R$ 241,15). O terceiro maior valor foi verificado em Belo Horizonte (R$ 231,26). As cestas mais baratas foram encontradas em Recife (R$ 176,09) e Fortaleza (R$ 178,37).
Higiene e Limpeza
Os produtos de limpeza e higiene apresentaram um aumento 3,42% no mês de agosto em Curitiba. A alta foi influenciada pelo sabão em pó, que subiu 6,87%, e pelo sabão em barra, que aumentou 10,83%. O preço da esponja de louça caiu 1,37% e da cera para assoalho 1,12%.