A rede de comida japonesa Wikimaki, de Curitiba, traça uma meta ambiciosa de crescimento. Para os próximos dez anos, a empresa planeja abrir 54 unidades nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Atualmente, a franquia de fast food possui cinco lojas e deverá dobrar de tamanho até o fim deste ano, projeta o sócio-proprietário João Manuel de Carvalho Cardoso.
O formato escolhido para a expensão da rede foi o das franquias. O empresário conta que o Wikimaki testa o modelo há quatro anos. Dos cinco restaurantes da capital paranaense, dois são franqueados. Ao todo, empresa oferece três opções: a delivery, que realiza apenas entregas; a express, instalada em praças de alimentação de shoppings e que tem uma operação mais enxuta, com atendimento no balcão; e a full, que consiste em um restaurante com sede própria e atendimento nas mesas.
Cardoso afirma que o faturamento médio das unidades varia de R$ 140 mil a R$ 350 mil por mês, dependendo do formato da loja. Já o custo para a aquisição é de R$ 35 mil a R$ 50 mil e envolve capacitação, projeto arquitetônico e assessoria de negócios. As cidades que deverão receber a marca possuem mais de 250 mil habitantes. No radar da Wikimaki estão Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel, no Paraná; Florianópolis, Joinville e Balneário Camboriú – que possui uma alta população no verão –, em Santa Catarina; e mais de 20 cidades do interior de São Paulo.
Estratégia contra a crise
A crise econômica que abate o país há pelo menos dois anos teve consequências sobre as operações da rede. O gestor declara que a alta dos preços dos alimentos teve um peso significativo sobre os custos, principalmente do peixe fresco, que é o insumo mais importante dos restaurantes. Todo o salmão usado nos pratos é importado do Chile.
Para contornar a queda no consumo, o Wikimaki realiza promoções de combos com desconto nos preços e ações de fidelização dos clientes. A partir de fevereiro, a empresa irá lançar um aplicativo próprio para pedidos on-line, o que deverá aumentar a proximidade com os consumidores, considera Cardoso.
De acordo com ele, a situação econômica não atrasou os planos de expansão da rede, que se beneficia da onda de alimentação saudável e da maior aceitação do público pela comida japonesa. “Nós oferecemos uma comida japonesa para o dia a dia e não apenas para ocasiões especiais. Há uma informalidade no serviço, como a pizza ou o hambúrguer, mas com a diferença de ser um alimento fresco e rico em proteínas”, diz Cardoso.