O alto custo da energia elétrica está deixando o Brasil em segundo plano na rota de investimentos de empresas multinacionais. Fábricas de setores eletrointensivos – em que o custo da energia é um dos principais componentes de peso no preço final dos produtos, como alumínio, siderurgia, petroquímico e papel e celulose – estão fechando unidades no país ou rompendo fronteiras e migrando para outros locais por perda de competitividade no mercado brasileiro. Nesse contexto, enquadram-se pelo menos sete companhias: a mineradora Rio Tinto, a petroquímica Bras­kem, a papeleira Stora Enso, a siderúrgica Gerdau Usiba e as fabricantes de alumínio Valesul, Novelis e Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). Embora o Brasil tenha geração abundante de eletricidade, a carga de impostos sobre o setor elétrico passa de 50%, o que faz o custo da energia no país ser o dobro da média mundial. "Isso nos coloca em uma situação insustentável. O custo da energia, descontada a inflação, dobrou em nove anos no Brasil", diz Eduardo Spalding, coordenador da Comissão de Energia da Associação Brasileira do Alumínio (Abal).

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