As empresas paranaenses listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) registraram juntas um aumento de 15% nos custos operacionais, segundo levantamento da consultoria Economatica. As únicas que apresentaram queda foram a Café Iguaçu, que cortou 27% de suas despesas, e a Bematech (-1,3%).
A América Latina Logística (ALL) foi a que mais elevou os gastos, apresentando alta de 52% no período analisado pela pesquisa. O gerente de relações com o investidor da empresa, Vinicius Paccola Meirelles, diz que a alta foi menor do que a apresentada pela Economatica.
"Não consegui chegar aos 52%. Nós temos algo em torno de 8% de aumento de custos no período. Talvez o relatório deles tenha levado em conta a saída da ALL da Argentina", relata. O governo argentino, ao estatizar as ferrovias, rescindiu o contrato com a empresa em junho, depois de um relacionamento de 14 anos.
Sobre os custos, Meirelles diz ainda que a ALL tem um controle junto aos colaboradores. "A gente de fato consegue olhar com muito detalhe para os custos com viagem, despesas gerais e vendas", relata.
As outras empresas que apresentaram aumento de gastos foram Providência (22%), Copel (19,3%), Sanepar (14,4%) e Positivo Informática (0,7%). O Paraná Banco, por sua vez, não abre esse tipo de dado.
A Sanepar afirmou, por meio de sua assessoria, que a alta decorre do aumento do preço dos materiais usados para o tratamento de água e esgoto, e também da contratação de pessoal para trabalhar na instalação das novas estações da companhia.
A Copel não quis comentar o assunto. Em outubro, sua área de distribuição divulgou um plano de redução de custos que previa redução de 6% neste ano e de R$ 300 milhões até 2015.