Fora da bolsa
Grupos de capital fechado também gastaram mais em 2013
As empresas paranaenses de capital fechado de pequeno, médio ou grande porte também registraram aumento nos custos operacionais neste ano.
A Fibracem, com 112 funcionários, gastou 12% a mais com mão de obra e 6% com matéria-prima, na comparação com 2012. "Os custos operacionais cresceram por causa do aumento do dólar. O mercado também está mais competitivo em relação à concorrência dos chineses, que estão entrando em peso aqui no Brasil", informou a empresa.
O Conglomerado Financeiro Barigüi também teve aumento de custos operacionais em 2013 na casa dos 12%. "Contratamos mais pessoal e construímos novos escritórios porque queremos expandir nossa atuação", relata o superintendente Ewaldo Perussolo, que apesar do crescimento nos gastos, vê certa retração no mercado. "O número de concessões de crédito está menor do que imaginávamos."
O Grupo Thá, por sua vez, teve crescimento de apenas 0,4% nos custos operacionais. "A gente precisa crescer, por isso estamos investindo de forma eficiente", diz o diretor financeiro da empresa, Alexandre Augusto Leal.
As empresas paranaenses listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) registraram juntas um aumento de 15% nos custos operacionais, segundo levantamento da consultoria Economatica. As únicas que apresentaram queda foram a Café Iguaçu, que cortou 27% de suas despesas, e a Bematech (-1,3%).
A América Latina Logística (ALL) foi a que mais elevou os gastos, apresentando alta de 52% no período analisado pela pesquisa. O gerente de relações com o investidor da empresa, Vinicius Paccola Meirelles, diz que a alta foi menor do que a apresentada pela Economatica.
"Não consegui chegar aos 52%. Nós temos algo em torno de 8% de aumento de custos no período. Talvez o relatório deles tenha levado em conta a saída da ALL da Argentina", relata. O governo argentino, ao estatizar as ferrovias, rescindiu o contrato com a empresa em junho, depois de um relacionamento de 14 anos.
Sobre os custos, Meirelles diz ainda que a ALL tem um controle junto aos colaboradores. "A gente de fato consegue olhar com muito detalhe para os custos com viagem, despesas gerais e vendas", relata.
As outras empresas que apresentaram aumento de gastos foram Providência (22%), Copel (19,3%), Sanepar (14,4%) e Positivo Informática (0,7%). O Paraná Banco, por sua vez, não abre esse tipo de dado.
A Sanepar afirmou, por meio de sua assessoria, que a alta decorre do aumento do preço dos materiais usados para o tratamento de água e esgoto, e também da contratação de pessoal para trabalhar na instalação das novas estações da companhia.
A Copel não quis comentar o assunto. Em outubro, sua área de distribuição divulgou um plano de redução de custos que previa redução de 6% neste ano e de R$ 300 milhões até 2015.
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