Sede da ALL em Curitiba: segundo a consultoria Economatica, gastos da empresa aumentaram 52% de janeiro a setembro| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Fora da bolsa

Grupos de capital fechado também gastaram mais em 2013

As empresas paranaenses de capital fechado – de pequeno, médio ou grande porte – também registraram aumento nos custos operacionais neste ano.

A Fibracem, com 112 funcionários, gastou 12% a mais com mão de obra e 6% com matéria-prima, na comparação com 2012. "Os custos operacionais cresceram por causa do aumento do dólar. O mercado também está mais competitivo em relação à concorrência dos chineses, que estão entrando em peso aqui no Brasil", informou a empresa.

O Conglomerado Financeiro Barigüi também teve aumento de custos operacionais em 2013 na casa dos 12%. "Contratamos mais pessoal e construímos novos escritórios porque queremos expandir nossa atuação", relata o superintendente Ewaldo Perussolo, que apesar do crescimento nos gastos, vê certa retração no mercado. "O número de concessões de crédito está menor do que imaginávamos."

O Grupo Thá, por sua vez, teve crescimento de apenas 0,4% nos custos operacionais. "A gente precisa crescer, por isso estamos investindo de forma eficiente", diz o diretor financeiro da empresa, Alexandre Augusto Leal.

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As empresas paranaenses listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) registraram juntas um aumento de 15% nos custos operacionais, segundo levantamento da consultoria Economatica. As únicas que apresentaram queda foram a Café Iguaçu, que cortou 27% de suas despesas, e a Bematech (-1,3%).

A América Latina Logística (ALL) foi a que mais elevou os gastos, apresentando alta de 52% no período analisado pela pesquisa. O gerente de relações com o investidor da empresa, Vinicius Paccola Meirelles, diz que a alta foi menor do que a apresentada pela Economatica.

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"Não consegui chegar aos 52%. Nós temos algo em torno de 8% de aumento de custos no período. Talvez o relatório deles tenha levado em conta a saída da ALL da Argentina", relata. O governo argentino, ao estatizar as ferrovias, rescindiu o contrato com a empresa em junho, depois de um relacionamento de 14 anos.

Sobre os custos, Meirelles diz ainda que a ALL tem um controle junto aos colaboradores. "A gente de fato consegue olhar com muito detalhe para os custos com viagem, despesas gerais e vendas", relata.

As outras empresas que apresentaram aumento de gastos foram Providência (22%), Copel (19,3%), Sanepar (14,4%) e Positivo Informática (0,7%). O Paraná Banco, por sua vez, não abre esse tipo de dado.

A Sanepar afirmou, por meio de sua assessoria, que a alta decorre do aumento do preço dos materiais usados para o tratamento de água e esgoto, e também da contratação de pessoal para trabalhar na instalação das novas estações da companhia.

A Copel não quis comentar o assunto. Em outubro, sua área de distribuição divulgou um plano de redução de custos que previa redução de 6% neste ano e de R$ 300 milhões até 2015.

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