A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prepara uma nova instrução para aperfeiçoar o funcionamento dos clubes de investimento – espécie de "condomínio" de investidores da categoria pessoa física, formado para negociar ações com pouco dinheiro na Bolsa. Diferentemente dos fundos de investimento, os clubes não precisam ter um gestor profissional: a compra ou a venda de ações pode ser feita por qualquer membro. Os clubes também não precisam fazer assembleia de cotistas, prestar informações periódicas, contratar auditores nem fazer marcação a mercado das cotas. O problema é que muitas corretoras passaram a tratar os clubes como um produto oferecido aos clientes, mas sem os cuidados e a regulação da indústria de fundos.

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Segundo Otávio Yazbek, diretor da CVM, a nova regra deve dar mais informação para o cotista e evitar que os clubes virem um fundo de investimento mal gerenciado. "Aquilo que tinha um regime mais flexível e informal passou a representar um risco para os investidores. Uma coisa é não ter assembleia quando estou cercado por amigos. Outra coisa é não ter assembleia quando minha corretora administra o produto e eu não tenho a mínima ingerência sobre ele", disse Yazbek.

A CVM colocou o tema em audiência pública e recebeu sugestões de diversos participantes. Agora, está compilando as propostas, que serão discutidas pelo colegiado antes de formatar a nova instrução. A expectativa é que a nova regra saia até o fim do mês que vem.

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