A economia da China mostrou sinais de uma desaceleração mais ampla depois de pesquisas sobre seu vasto setor industrial terem mostrado fraqueza em maio, sinalizando uma deterioração mais profunda do que o esperado na demanda doméstica e no exterior e a probabilidade de mais afrouxamento de política monetária. O índice oficial de gerentes de compra - que cobre as maiores e principais empresas estatais - recuou mais do que o esperado, para 50,4 em maio, a leitura mais fraca neste ano e depois de ter atingido máxima de 13 meses em abril, com a produção no menor nível desde novembro de 2011. Já o PMI do HSBC, que acompanha empresas menores do setor privado, recuou de 49,3 em abril para 48,4 -o sétimo mês seguido abaixo da marca de 50 que separa expansão de contração- com o subíndice de desemprego recuando para 48,1, menor nível desde março de 2009. "O crescimento no segundo trimestre deve desacelerar, provavelmente abaixo de 7,5 por cento na comparação anual. Isso deixa em risco a meta de crescimento anual e os riscos continuam a aumentar porque o ambiente externo está enfraquecendo", disse o economista sênior e estrategista do Credito Agricole, Dariusz Kowalczyk. O enfraquecimento de ambas as leituras é preocupante para investidores que veem uma intensificação dos ventos contrários à economia em todo mundo. Embora Pequim tenha anunciado uma série de reformas para dar suporte ao crescimento e destravar o investimento privado desde meados de maio, é cedo demais para que os dados do PMI reflitam esses esforços. Uma preocupação particular para os economistas é que as novas encomendas começaram a encolher enquanto estoques passaram a subir, o que implica uma fraqueza nos próximos meses já que as empresas vão atender qualquer alta das encomendas com os estoques existentes em vez de elevar a produção.
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