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pessimismo

Dados reiteram juro baixo nos EUA e causam queda do dólar

A frustração com o mercado de trabalho norte-americano derrubou o dólar em todo o mundo nesta sexta-feira (8), devolvendo a moeda norte-americana ao patamar de R$ 1,73 após três altas seguidas.

A queda do dólar nesta sessão foi de 0,86 por cento, para R$ 1,730 para venda. No acumulado da semana, a moeda caiu 0,75 por cento. Enquanto o mercado fechava, o dólar recuava 0,6 por cento ante as principais moedas no exterior.

O principal motivo para a baixa foi a informação de que os Estados Unidos eliminaram 85 mil postos de trabalho em dezembro, dado pior do que o esperado.

Mesmo com a revisão positiva dos dados de novembro, que passaram a mostrar o primeiro mês de criação de vagas após o início da crise, o mercado julgou que uma alta dos juros nos Estados Unidos ainda está longe.

Antes da divulgação dos dados, o dólar operava em leve alta, e chegou a superar o nível de R$ 1,75.

Operadores também comentaram que a entrada de dólares no país favoreceu a baixa da moeda. Segundo alguns profissionais de mercado, parte dos recursos tinha origem na emissão de 1 bilhão de dólares em bônus de 10 anos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Para os próximos dias, o mercado aguarda também a emissão de bônus do Banco Votorantim. De acordo com informações do IFR, um serviço da Thomson Reuters, o livro de ofertas já tinha mais de 500 milhões de dólares na quinta-feira.

Ainda assim, o comportamento do dólar na semana que vem deve continuar mais atrelado ao cenário internacional, disse Marcelo Portilho, estrategista da CM Capital Markets. "Não vejo uma grande depreciação nem uma grande apreciação em cena."

Na agenda econômica da semana que vem estão dados de inflação e vendas no varejo, além do Livro Bege do Federal Reserve, entre outros números nos Estados Unidos.

Operadores também comentaram que o mercado segue atento a notícias sobre o Fundo Soberano do Brasil, embora isso ainda não influencie diretamente a taxa de câmbio. Nesta sexta, em entrevista à Reuters, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que não haverá um teto para as compras de dólares por parte do fundo.

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