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Nimrod Riftin, da eWave do Brasil: expansão no interior | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Nimrod Riftin, da eWave do Brasil: expansão no interior| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Mercado

Multinacional, que chegou a Curitiba há oito anos, atende teles e bancos

Especialista em desenvolvimento, implantação e integração de sistemas, a eWave do Brasil atua desde 2006 no país e mantém sua matriz e fábrica de softwares em Curitiba. A vinda dos técnicos israelenses para o país ocorreu exclusivamente para atender a um projeto de Arquitetura Orientada a Serviços (SOA, da sigla em inglês) para a GVT. A presença de mão de obra qualificada no país e as perspectivas de crescimento acentuado da economia na época fizeram com que a empresa criasse raízes em solo brasileiro.

Hoje, a eWave atende mais de 100 empresas de segmentos variados do mercado, tanto no setor privado quanto no público. No Paraná, por exemplo, ela presta serviços à América Latina Logística (ALL), Positivo e Tribunal de Contas do Estado (TCE). Em termos nacionais, a empresa atende gigantes de telecomunicações, como Claro, Oi, Net, Nextel, instituições financeiras, como HSBC e Itaú, e estatais, entre elas a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Correios. A eWave também é parceira da IBM na fabricação de softwares.

Presente em Curitiba desde 2006, a empresa de tecnologia eWave do Brasil quer agora convencer cooperativas e produtores de Londrina e Norte do estado de que o trabalho agrícola não se desenvolve só no campo, mas também nas telas de computadores. A multinacional, integrante do The eWave Group, com sede em Israel, direcionou os esforços nos últimos meses para investir no mercado de Tecnologia da Informação (TI) na segunda maior cidade paranaense.

Londrina é uma espécie de teste para os executivos da empresa, que buscam desenvolver e consolidar um modelo de negócios voltado para "regiões" do interior, focado principalmente nas áreas de agronegócio e indústria. Hoje, a eWave está presente, além de Curitiba, em cinco capitais – o único escritório no interior é o de Campinas, em São Paulo.

"Em Londrina há muitas cooperativas e indústrias de grande porte que ainda não têm disponível, como em uma capital, os serviços que prestamos. Estamos conseguindo mostrar para essas empresas que podemos otimizar suas operações por meio da inovação de TI. Elas podem controlar melhor toda a linha de distribuição, decidir melhor quando plantar, o que plantar e onde armazenar", explica o CEO da multinacional, Nimrod Riftin.

Como o escritório se instalou na cidade em julho do ano passado e, em geral, o ciclo de vendas – apresentação dos serviços e benefícios, adaptação à realidade do cliente e projeção dos custos – demora de nove meses a um ano, a expectativa é que os contratos sejam formalizados nos próximos meses. A previsão da eWave é que Londrina ajude a consolidar a expansão da empresa verificada nos últimos anos, chegando a uma receita de R$ 60 milhões em 2014.

Apesar do otimismo, a eWave terá concorrência pesada à sua frente. O grupo NTT Data, o sexto maior do mundo na área de serviços de Tecnologia da Informação (TI), anunciou que também instalará uma unidade em Londrina ainda neste ano, gerando de 120 a 150 empregos na cidade.

Além da NTT Data, Londrina já conta com outras duas grandes empresas de TI – a Dedic e a francesa Atos, que empregam 2,9 mil pessoas. A eWave ainda não faz projeções sobre o número de funcionários que empregará na cidade, mas adianta que buscará e treinará mão de obra local.

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