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Caminhões da marca DAF sendo fabricados.
Fábrica da DAF em Ponta Grossa (PR).| Foto: Rodrigo Czekalski/Divulgação

Seis anos depois de vender seu primeiro caminhão no Brasil, a montadora DAF dá um passo para realizar seu plano de alcançar 10% do mercado nacional de caminhões pesados. A empresa, cuja operação brasileira é centralizada na fábrica de Ponta Grossa (PR) abriu um braço financeiro, o Paccar Financial, que irá competir no segmento de financiamento de veículos, responsável por movimentar R$ 214 bilhões anualmente (3,1% do Produto Interno Bruto do país).

A DAF, de origem holandesa, pertence ao grupo americano Paccar, começou a atuar no Brasil em 2012. A fábrica de Ponta Grossa começou a produzir no ano seguinte. Em julho do ano passado, a empresa conseguiu sua melhor participação no mercado: 9,4%, com a venda de 275 unidades. Ficou perto da previsão, mas a participação no ano acabou em 6,7%. “Tínhamos uma capacidade reduzida, coisa que vínhamos trabalhando para solucionar nos últimos anos. Fizemos um ajuste nos níveis de produção e estamos prontos para crescer”, diz Luis Gambini, diretor comercial da DAF.

Um dos instrumentos para crescimento é justamente o banco. No primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados da Associação Nacional das Empresas Financeiras de Montadoras (Anef), apenas 12% dos caminhões foram vendidos à vista. Outros 32% foram objeto de financiamento e leasing, e este é o mercado em que o Paccar Financial está atuando. João Petry, diretor geral do banco, comenta que, quando o mercado está mais “desafiador”, o papel do banco de montadora é mais importante.  “Os nossos parceiros dos bancos comerciais focam seus negócios em alternativas mais rentáveis e de menor risco, deixando de lado o financiamento de veículos”, diz. “No nosso caso, passamos 24 horas por dia ocupados em vender DAF.”

Esse momento desafiador, ao que parece, está passando. O melhor ano da indústria de caminhões pesados – segmento em que a DAF atual – foi 2013, quando foram emplacadas 55.886 unidades. “Essa frota já passa de seis anos de idade e vai precisar ser trocada”, diz Gambini. Além disso, a possibilidade de aprovação das reformas econômicas tende a destravar investimentos estrangeiros, o que ajudaria a elevar as vendas. Por fim, os bons números da safra agrícola complementam a “tempestade perfeita” em favor das vendas de caminhões. “Podemos esperar um mercado que vai chegar neste ano a 48 mil unidades”, comemora Gambini.

Para isso, a DAF se prepara ampliando a rede de concessionárias,, que tem hoje 23 lojas e cobre todos os estados brasileiros, com exceção do Acre. E com uma ampliação na força de trabalho: há dois anos, eram 200 funcionários em Ponta Grossa, hoje são 500. E o banco já abriu mais 30 postos de trabalho. “Estamos ampliando mês a mês”, conta Gambini.

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