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De olho em 2009, BC promete "vigor" contra inflação

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central quer trazer a inflação de volta ao patamar de 4,5% já em 2009 e promete agir "vigorosamente" contra os riscos inflacionários.

De acordo com a ata da reunião de julho do Comitê, divulgada nesta quinta-feira, a estratégia adotada pelo BC tem como objetivo trazer a inflação de volta à meta central de 4,5%, "tempestivamente, isto é, já em 2009".

No encontro, realizado na semana passada, o Copom elevou a taxa básica de juro - a Selic - em 0,75 ponto percentual, para 13 por cento ao ano, superando as estimativas da maioria dos analistas, que esperavam uma alta de 0,50 ponto.

Desde abril, a Selic já foi elevada três vezes consecutivas. O aumento até agora foi de 1,75 ponto percentual.

A avaliação do Comitê sobre o comportamento da economia brasileira continua a mesma: demanda aquecida e riscos relevantes para o cenário de preços mais comportados, impostos pela "persistência" do descompasso entre o ritmo de expansão da demanda e da oferta agregada, segundo a ata.

"Nessas circunstâncias, a política monetária deve atuar vigorosamente, enquanto o balanço dos riscos para a dinâmica inflacionária assim o requerer, por meio do ajuste da taxa básica de juros", afirmaram os diretores do BC na ata.

A meta de inflação definida pelo governo para os anos de 2008, 2009 e 2010 é de 4,5 por cento, com margem de variação de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo.

A alta acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses até junho já supera os 6 por cento e analistas consultados semanalmente pelo próprio BC apostam que no fechamento do ano, o indicador ultrapassará o teto da meta.

O IPCA é o indicador que baliza a política de metas de inflação.

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