A Gol anunciou ontem a compra da Webjet por R$ 96 milhões em uma transação que, incluindo dívidas, chega a R$ 310,7 milhões. Com apenas 5,16% de participação no mercado doméstico e uma frota de aviões velhos, a Webjet atraiu a atenção da Gol por causa dos slots (horários de pouso e decolagem) que detém em aeroportos centrais do país, como Guarulhos (SP) e Santos Dumont (RJ). "A Gol não está comprando a Webjet. Ela está comprando os slots da empresa. O que eles vão querer com aviões velhos?", resume o professor Elton Fernandes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Como os maiores aeroportos do país enfrentam graves deficiências de infraestrutura que impedem a concessão de novos slots pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as únicas saídas para crescer nesses locais é comprando aeronaves maiores ou adquirindo empresas que voem nesses locais. A Gol já tinha lançado mão da primeira opção.
Para especialistas, o tamanho modesto da Webjet não deve desencadear uma concentração que preocupe o mercado, o que deve facilitar a aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Do ponto de vista legal e do histórico [de atuação] do Cade, não vejo grandes entraves [à operação]", diz o especialista em direito aeroviário Guilherme Lopes do Amaral, do escritório Aidar SBZ Advogados.
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