O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou nesta segunda-feira as discussões com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, com o qual buscará aumentar as relações comerciais e diplomáticas entre Brasil e Índia.
Lula chegou à Índia no domingo para uma visita de três dias antes de seguir, na terça-feira, para a reunião do G8 na Alemanha.
Nos últimos anos, os dois países estabeleceram fortes laços estratégicos e de negócios e passaram a ter posições comuns em importantes assuntos, como as conversas sobre o comércio global e a expansão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Índia e Brasil são duas grandes democracias, somos dois importantes países que estão no caminho de grande expansão da economia", disse Lula a repórteres antes do encontro com Singh.
"Precisamos trabalhar rumo ao desenvolvimento de ambos os países...reforçar nossas relações comerciais", afirmou o presidente brasileiro após uma recepção no palácio presidencial indiano.
Lula e Singh devem não só discutir comércio, mas também o uso de biocombustíveis na Índia, cooperação nuclear civil e mudanças climáticas, segundo autoridades indianas.
Em 2006, o comércio entre Brasil e Índia alcançou 2,4 bilhões de dólares. Além disso, os investimentos mútuos nos países também aumentaram.
As empresas indianas têm se concentrado em investimentos e joint ventures na indústria farmacêutica e nos setores de TI e energia brasileiros, enquanto as companhias do Brasil têm apostado na infra-estrutura da Índia e nos setores de processamento de alimentos e energia.
Os dois países querem quadruplicar o comércio para 10 bilhões de dólares até 2010.
Antes da visita, autoridades brasileiras reclamaram da hesitação da Índia em abrir mais seus mercados para importações agrícolas e apontaram para uma queda das exportações do Brasil para Índia em 15 por cento, para 937 milhões de dólares, no ano passado.