Os juros bancários sempre são motivo de reclamação por parte dos consumidores. De acordo com o Procon, as questões envolvendo os bancos ficaram em segundo lugar no ranking de reclamações do ano passado, somente atrás da telefonia fixa, com 8.190 atendimentos. O advogado especialista em defesa do consumidor Alceu Machado Neto (foto) faz dois alertas aos consumidores: é preciso ficar atento à taxa de juros na hora de assinar um contrato e estar bem informado sobre como proceder em caso de abusos. Ele conversou sobre o assunto com o repórter Carlos Guimarães Filho.
Como é definido o porcentual de juros cobrados pelos bancos? Existe uma fórmula ou limite estipulado por lei?
Não existe nenhuma tabela e nem controle. Ou seja, é a lei de mercado que baliza o valor. Assim, a pessoa precisa pesquisar e decidir o que é mais interessante. O Banco Central divulga o mínimo e o máximo que os bancos estão cobrando. Isso pode ajudar o consumidor na hora da decisão.
Em alguns casos, os bancos alteram o valor da taxa do cheque especial e do cartão de crédito ao longo do contrato. Isso é permitido?
Isso é bastante comum, mas irregular. A taxa de juros informada no contrato tem de ser mantida. O que ocorre com frequência é o banco cobrar juros capitalizados, ou seja, juros sobre juros. Isso não pode ocorrer, pois haverá uma diferença significativa de valor que prejudica o cliente. O certo é cobrar juros simples.
Caso isso ocorra, como o cliente deve proceder?
A primeira coisa é nunca assinar um contrato em que o espaço do porcentual de juros esteja em branco. Desta forma, evita-se a cobrança abusiva dos juros bancários. Mesmo assim, se ocorrer qualquer aumento, é preciso conversar com o gerente solicitando a redução da taxa para o que foi acertado em contrato. Caso a questão não seja resolvida administrativamente, o cliente pode partir para as medidas judiciais, acionando o banco através de processo.
* * * * *
Bric sedutor
Das dez cidades que mais vão receber filiais de multinacionais europeias nos próximos anos, seis fazem parte dos países do Bric, aponta pesquisa realizada pela consultoria norte-americana Cushman & Wakefield. Do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro fazem bonito. A capital paulista é a terceira colocada, com 28 empresas demonstrando interesse em aportar na cidade. Está atrás apenas de Xangai e Nova Déli, com 29 menções cada. O Rio de Janeiro aparece na sexta colocação, sendo citado por 16 empresas.
As demais cidades do Top 10 são Pequim (22), Mumbai (19), Nova York (14), Tóquio (13), Cairo (12) e Cingapura (11). O ranking completo tem 500 empresas, mas nenhuma outra brasileira ou latino-americana.
Fazendo um social
A rede paranaense de hotéis Mabu investiu R$ 30 mil para fechar o cerco em torno das mídias sociais. Além do próprio site e de um blog, o grupo reforça sua marca no Twitter, no Orkut, no Facebook e no Trip Advisor, um guia hoteleiro destinado à troca de experiências entre turistas do mundo todo. O site recebe 22 mil acessos e o blog mais de mil por mês.
Terceiros
O ano foi de forte crescimento para as seis empresas que integram o grupo Poliservice, de Pinhais, especializado em serviços terceirizados e segurança patrimonial. O faturamento até setembro já é 33,4% superior ao do mesmo período de 2009. O crescimento mais vigoroso é da empresa de segurança, seguido do ramo de higiene.
Monitoramento franqueado
A curitibana Link Monitoramento, especializada em rastreamento de pessoas, objetos e veículos, acaba de receber o selo da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Com isso, ela é a primeira empresa do ramo a atuar como franquia no Brasil. Mais uma novidade: uma parceria com o Banco do Nordeste permitirá a abertura de mais unidades franqueadas hoje são 42 na Região Nordeste, Espírito Santo e Minas Gerais.
O banco vai financiar 100% do projeto, até a franquia atingir o seu ponto de equilíbrio.
Verão 2011
O verão anima as previsões da Água Mineral Timbu, que espera um crescimento de 10% nas vendas, em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa, que tem sede em Almirante Tamandaré, está completando um plano de expansão de três anos que incluiu investimentos em tecnologia e estruturação, em certificação de qualidade e na aquisição de equipamentos. Também fez parte desse planejamento a inauguração da Boutique Timbu, primeira butique de águas do país.
Governistas querem agora regular as bets após ignorar riscos na ânsia de arrecadar
Como surgiram as “novas” preocupações com as bets no Brasil; ouça o podcast
X bloqueado deixa cristãos sem alternativa contra viés woke nas redes
Cobrança de multa por uso do X pode incluir bloqueio de conta bancária e penhora de bens
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast