O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o líder espanhol, Mariano Rajoy, tentaram minimizar nesta segunda-feira (16) o impacto da degradação da nota de seus países pela agência Standard and Poor's e ressaltaram a importância da redução dos déficits e a retomada do crescimento em plena crise da dívida europeia.
"Ante uma crise sem precedentes, é necessário encontrar um novo modelo de crescimento", disse o presidente francês ante a afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa em Madri com o chefe do governo. O presidente francês afirmou ainda que as recentes decisões da agência de classificação creditícia Standard and Poor's (SP's) sobre a França "no fundo, não mudam nada".
Rajoy afirmou ainda que a Espanha respalda o projeto de uma taxa sobre transações financeiras defendida pelo presidente francês.
Sarkozy aproveitou para anunciar também que a reunião prevista para sexta-feira em Roma entre ele, o chefe do governo italiano, Mario Monti, e a chanceler alemã, Angela Merkel, foi adiada para o mês de fevereiro.
O contexto financeiro do encontro desta segunda-feira, no entanto, não poderia ser pior. Na sexta-feira, a SP's reduziu a nota de nove países da Eurozona, inclusive de França, Itália e Espanha - 2ª, 3ª e 4ª economias do bloco -, alegando que o plano anticrise desses países é insuficiente.
França e Áustria perderam o precioso Triplo A, recuando suas notas em um escalão, para AA+. O castigo foi maior para Espanha, Itália e Portugal, que recuaram dois escalões.
Contudo, o presidente Sarkozy se mostrou combativo: "Espanha e França têm muito por fazer para que a Europa saia das crise que vive há três anos", afirmou.
A Comissão Europeia (CE) respondeu nesta segunda-feira à agência, dizendo que é errôneo rebaixar a nota de nove países da Eurozona sob a alegação de que o plano anticrise europeu só contempla medidas de austeridade e rigor fiscal e não aponta o estímulo ao crescimento.
"A ideia de que só tomamos medidas em relação ao rigor fiscal é errônea", disse o porta-voz comunitário, Olivier Bailly, durante coletiva de imprensa.
Mesmo após a redução da nota de solvência de nove países da Eurozona, as principais bolsas europeias fecharam a segunda-feira com ganhos.
O minério brasileiro que atraiu investimentos dos chineses e de Elon Musk
Desmonte da Lava Jato no STF favorece anulação de denúncia contra Bolsonaro
Fugiu da aula? Ao contrário do que disse Moraes, Brasil não foi colônia até 1822
Sem tempo e sem popularidade, governo Lula foca em ações visando as eleições de 2026
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast