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Meios de pagamento

Débito supera crédito neste ano

Dianteira no número de transações virá do crescimento do uso do cartão de débito no pagamento de compras. Mas, em valor movimentado, ele ainda ficará atrás

Novos usos para o cartão de débito, antes mais usado para saques, fará a modalidade superar o cartão de crédito em transações | Antônio Costa/ Gazeta do Povo
Novos usos para o cartão de débito, antes mais usado para saques, fará a modalidade superar o cartão de crédito em transações (Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo)

O número de transações com cartões de débito deve se consolidar neste ano acima das operações com cartões de crédito, segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Claudio Yama­guti. O maior uso do cartão de débito pelos consumidores, de acordo com Yamaguti, foi observado nas transações de valores menores, em que o parcelamento é mais raro.

"A origem do cartão de débito foi para sacar dinheiro nos caixas dos bancos, mas o comércio vem aumentando sua participação nas transações. Essa é uma tendência que vai seguir, já que cada vez mais os estabelecimentos comerciais estão aceitando o cartão de débito, para não perder vendas", disse Yamaguti.

Segundo o executivo, apenas 18% das transações com débito no país são feitas no comércio, porcentual que deve avançar. O restante das transações é realizado em terminais de autoatendimento de bancos. Nos Estados Unidos, por exemplo, 75% das compras são feitas com o uso do cartão de débito.

A maior participação das classes sociais C, D e E no consumo brasileiro também é apontada pelo executivo como um dos fatores que deverão impulsionar o volume de transações. "Esses novos usuários já entram no mercado com um cartão de débito, que é vinculado a uma conta bancária", destacou.

No ano passado, segundo a Abecs, dos 8,3 bilhões de transações com cartões no país, houve uma igualdade na distribuição entre o débito e crédito – cada um respondeu por 3,4 bilhões de operações, enquanto foram realizadas 1,4 bilhão transações de cartões de redes de lojas.

Em termos de faturamento, porém, o cartão de crédito deve seguir na dianteira. Dos R$ 670 bilhões movimentados pela indústria no ano passado, o crédito representou R$ 386 bilhões, alta de 23% na comparação com 2010. Já o débito somou R$ 199,8 bilhões (alta de 25%), e os de rede de lojas, R$ 84,2 bilhões (23%).

O tíquete médio dos cartões de crédito somou R$ 113 no ano passado, 6% a mais que em 2010. O valor médio das compras com débito foi de R$ 58 (alta de 4% ante 2010) e de redes de lojas, de R$ 57 (7%).

Famílias endividadas

O porcentual de famílias brasileiras endividadas apresentou ligeira alta em março, alcançando 57,8% ante 57,4% em fevereiro de 2012, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Trata-se de débitos em cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro ou seguros.

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