Em um mercado marcado pelo pessimismo, a notícia de uma possível ajuda do Banco Central dos EUA (Federal Reserve)ao grupo de seguros AIG animou os índices na tarde desta terça-feira (16).

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Pegando carona, o índice Ibovespa - referência para o mercado brasileiro - fechou em alta de 1,68%, aos 49.228 pontos. A alta veio um dia depois de a bolsa paulista ter registrado a pior desvalorização em sete anos.

O mercado brasileiro passou o dia inteiro em queda, chegando a registrar desvalorização de 4,36% logo no início do pregão, puxada pelo mau humor internacional e pela queda nos preços das commodities.

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No câmbio, o dólar fechou em alta de 0,44%, a R$ 1,82.

A alta veio mesmo depois que o Banco Central dos EUA manteve a taxa de juros em 2% ao ano na reunião do Federal Reserve desta terça-feira - uma decisão considerada negativa pelos investidores. O anúncio, baseado na crescente inflação do país, decepcionou parte dos analistas, que esperavam uma queda de até 0,5 ponto percentual no juro americano.

Contenção da crise

Para tentar conter o alastramento da crise, os Bancos Centrais das principais economias estão injetando dinheiro no mercado. Após o BC europeus anunciar que colocou 70 bilhões de euros em circulação, o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) também despejou outros US$ 50 bilhões no mercado.

Após a quebra do Lehman, outros bancos dos EUA também mostram sinais de debilidade. O Goldman Sachs, maior banco de investimento do país, anunciou uma queda de 70% do lucro no terceiro trimestre, para US$ 845 milhões.

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Além da preocupação com o setor financeiro, os mercados reagem agora a problemas registrados pela seguradora AIG, que teria mais de US$ 43 bilhões em créditos relacionados aos financiamentos subprime, de alto risco.

Após recuarem mais de 50% na véspera, os papéis da empresa voltam a registrar queda nesta terça, em meio ao temor de que a empresa não resista aos prejuízos. O governador de Nova York, David Paterson, disse que a AIG dispõe de apenas um dia para captar os recursos que lhe permitam evitar o colapso - segundo ele, cerca de US$ 80 bilhões.

No entanto, a informação de que o governo dos EUA não descarta um socorro à empresa gerou uma recuperação no valor dos papéis da companhia. Após recuarem mais de 70% durante a primeira metade do dia, as ações reduziram suas perdas para cerca de 10%.

Em meio à turbulência, os investidores também aguardam a reunião do Fed que irá decidir nesta tarde sobre a nova taxa de juros da economia americana. Cresce a parcela dos investidores que aposta em corte na taxa, para evitar que a economia caia em uma recessão.

Mercados internacionais

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As bolsas da Rússia e de Praga acionaram o circuit break, mecanismo que paralisa as negociações quando os índices superam quedas muito elevadas. Na Rússia, a queda chegou a 17%.

Na Ásia, as bolsas fecharam em forte queda, refletindo os tombos dos mercados ocidentais na véspera. O índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong terminou a sessão em forte queda de 5,4%. Já o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio desabou 4,95%. O indicador Topix, que reúne todos os valores da primeira seção, caiu 5,63%.

Os mercados acionários da Europa terminaram em baixa pela segunda jornada consecutiva. Em Londres, o FTSE-100 caiu 3,43%, aos 5.025,60 pontos. O CAC-40, de Paris, diminuiu 1,96%, para 4.087,40 pontos. Em Frankfurt, o DAX ficou em 5.965,17 pontos, uma desvalorização de 1,63%.

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