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crise mundial

Decisão sobre pacote grego está próxima, diz Eurogrupo

O grupo de ministros de Finanças da zona do euro (Euro­grupo) está mais perto de atingir uma decisão sobre o segundo pacote de resgate para a Grécia, mas alguns detalhes finais ainda precisam ser esclarecidos, segundo afirmou ontem o porta-voz do Ministério de Finanças da Alemanha, Martin Kotthaus, acrescentando que agora a responsabilidade dos gregos é evitar um default desordenado da sua dívida.

As autoridades da zona do euro vão tentar finalizar os últimos detalhes do acordo de resgate até a noite de domingo, para que o Eurogrupo possa ter, na segunda-feira, as bases para tomar uma decisão. Entre os detalhes que ainda precisam ser esclarecidos estão a possível criação de uma conta de custódia, para garantir que a Grécia honre os pagamentos da sua dívida; e a fiscalização da implementação das reformas exigidas pela troica de credores internacionais – formada por Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fun­do Monetário Interna­cional (FMI).

FMI

O Fundo Monetário Interna­cional (FMI) deverá contribuir com apenas 13 bilhões de euros para o segundo pacote de ajuda financeira à Grécia, de um total de 130 bilhões. Isso fará com que os governos da zona do euro forneçam a maior parte dos recursos e uma parcela bem maior que nos três pacotes anteriores de ajuda financeira, informaram ontem pessoas familiarizadas com a situação.

A contribuição menor do FMI reflete temores dos membros do Fundo de que o organismo esteja se tornando excessivamente exposto à zona do euro, segundo autoridades. Os acordos anteriores já preveem o empréstimo de 30 bilhões de euros para a Grécia, 22,5 bilhões de euros para a Irlanda e 26 bilhões de euros para Portugal, resultando num montante muito superior à participação desses três governos no FMI.

Autoridades disseram que o tamanho da contribuição do FMI ainda não foi definido e será um tópico das discussões entre autoridades da zona do euro no domingo e entre os ministros de Finanças na próxima segunda-feira, quando se reunirem em Bruxelas em busca da finalização do acordo para a segunda ajuda à Grécia. Autoridades do FMI são esperadas na reunião.

O FMI contribuiu com 27% do primeiro pacote de ajuda à Grécia, de um total de 110 bilhões de euros, e um terço dos resgates financeiros da Grécia e Portugal. Porém, após os líderes da zona do euro terem concordado em conceder um novo empréstimo à Grécia, em julho de 2011, autoridades informaram que a contribuição do FMI seria significativamente menor do que um terço.

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