O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, evitou polemizar nesta quarta-feira (18) sobre a decisão argentina de reestatizar a petroleira YPF, vendida à espanhola Repsol no final da década de 90.
Questionado sobre o impacto da medida sobre as empresas brasileiras no país vizinho, ele afirmou que a pasta está "monitorando a situação". "É uma decisão soberana argentina. (...) Acompanharemos de perto os desenvolvimentos dessa história, que obviamente nos interessa muito", afirmou o ministro hoje após encontro com o chanceler chileno, Alfredo Moreno.
Anteontem, o Estado argentino tomou o controle da petroleira YPF/Repsol. A presidente do país, Cristina Kirchner, ainda enviou ao Congresso projeto de lei para expropriar os 51% da petroleira sob comando de acionistas espanhóis.A empresa responde por 1/3 de toda a arrecadação fiscal com empresas na Argentina -- seu faturamento anual é de US$ 15 bilhões. Kirchner alegou que a empresa não vem fazendo os investimentos necessários para suprir o crescimento da demanda.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que não teme mudanças na relação entre o governo argentino e a Petrobras. A estatal brasileira possui 79 postos de combustível e explora petróleo no território vizinho.
Normas internacionaisO chanceler chileno, Alfredo Moreno, também não quis comentar a decisão argentina, por se tratar de questões internas do vizinho, mas ressaltou que "a participação do setor privado em distintos âmbitos da economia é algo positivo". "Qualquer ação que realiza um estado naturalmente deve ser conduzida pela lei, (...) pelas regras e normas internacionais", completou.
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