Seis pessoas ligadas ao comércio de combustíveis tiveram suas prisões preventivas decretadas nesta terça-feira acusadas de corrupção ativa, passiva e formação de quadrilha. O pedido partiu do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) através da Operação Libra II. Os envolvidos são empresários do ramo, além de um fiscal do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem), identificado pela Operação Libra I.
A operação foi deflagrada pelo Nurce que cumpriu seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Maringá, região Noroeste do Paraná em três postos de gasolina e um escritório - e Curitiba, na sede do Ipem.
"Após a operação da semana passada, ficou constatada a adulteração em dez bombas de combustíveis em postos da região de Maringá pelo Ipem. Para avançarmos nas investigações e encontrarmos mais funcionários públicos corrompidos pela quadrilha, é necessário que estas prisões temporárias aconteçam", disse o delegado Sergio Inácio Sirino em nota divulgada pela Agência de Notícias do governo.
As investigações apontam ainda o envolvimento de outros dois funcionários do Ipem, além de fiscais da Receita Estadual e Agência Nacional de Petróleo (ANP). Nas buscas feitas na semana passada foram apreendidos canhotos de cartão de crédito e, segundo o delegado, há indícios de sonegação de impostos.
De acordo com a assessoria do governo, desde a Operação Máfia dos Combustíveis, deflagrada há cerca de dois anos, mais de oitenta pessoas ligadas ao ramo de combustíveis foram indiciadas.