O serviço de streaming de música Deezer anunciou nesta quarta-feira (22) uma nova parceria para crescer no mercado brasileiro: a partir desta data, a empresa será parceira oficial do Clube de Regatas Flamengo, time de futebol que ostenta a maior torcida do país, com cerca de 35 milhões de torcedores. Para a empresa, mais do que uma simples tabelinha rumo ao gol, a aliança com o Flamengo é uma amostra de como o serviço francês quer ganhar espaço por aqui.
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“Reconhecemos que somos o segundo colocado no mercado, e sabemos quem é o número um, mas, com essas parcerias, reduzimos nossa distância em percepção de marca”, diz Oscar Castellano, vice-presidente da Deezer para a América Latina. O número um do mercado é o rival Spotify, que tem 40% dos 100 milhões de assinantes de serviço de streaming de música em todo o mundo.
Além do time carioca, a empresa também é parceria da TIM no Brasil, com o serviço TIM Music - usuários de planos pós-pagos da operadora, por exemplo, ganham gratuitamente a assinatura da Deezer, que custa R$ 14,90 por mês para outros usuários.
“É um negócio interessante. Com a parceria, prestamos serviços para um parceiro, mas também atingimos o público”, avalia Castellano, citando exemplos parecidos feitos pela empresa na Europa. Na França, onde foi fundada em 2007, a Deezer tem parceria com a Orange. Na Espanha, o time de futebol FC Barcelona e a rede varejista El Corte Inglés também fazem parte dos aliados do serviço.
No caso do Flamengo, a parceria compreende conteúdo personalizado para o clube carioca, como playlists dos atletas de futebol e de outras modalidades e podcasts especiais, além de destacar perfis de artistas flamenguistas. Um deles é o cantor Wesley Safadão, que gravou uma música especial para a parceria, Eu Já Nasci Flamenguista, exclusiva para a Deezer.
Meta é aumentar número de clientes
Para Bruno Vieira, diretor geral da Deezer no Brasil, as parcerias são uma forma de tentar tirar os serviços de streaming do nicho - segundo ele, 100 milhões de assinantes no mundo todo ainda é um universo pequeno para o setor.
Fatores como aumento do uso de smartphones e penetração das redes 4G no país, diz o executivo, podem auxiliar. “Se o cara tenta ouvir música pela internet com baixa velocidade, vai ter uma experiência ruim. Aí, ele desiste do produto.”
Além disso, as parcerias servem como uma diferenciação de mercado em um setor em que quase todos os serviços oferecem a mesma biblioteca de músicas, em torno de 35 milhões de canções, e têm algoritmos e curadoria próprios para atrair usuários. “Com uma parceria com o Flamengo, podemos atingir a massa”, diz Vieira.
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