O Ministro da Defesa, Waldir Pires, anunciou no início da noite desta terça-feira algumas medidas decididas durante reunião no Palácio do Planalto para tratar da crise nos aeroportos. Três medidas emergenciais foram divulgadas: o redirecionamento de rotas para evitar que aviões que não fazem escalas em Brasília cruzem o espaço aéreo na capital federal, desafogando assim o controle de tráfego aéreo na região; uma nova proibição para jatos executivos voarem nos momentos de maior demanda nos aeroportos afetados pela crise e, em terceiro lugar, a realização de um concurso emergencial para contratar mais controladores de vôo. Serão contratados 64 controladores imediatamente, retomando o concurso de julho, que havia sido cancelado, e 148 profissionais em uma segunda etapa.
O ministro disse ainda que será mantido o programa de convocação dos controladores aéreos aposentados. Apesar dessas providências, o ministro não pôde garantir que os aeroportos voltarão à normalidade já neste feriado de Finados. Ele, inclusive, não descartou a possibilidade da criação de um "gabinete de crise" nos próximos dias.
- Vamos aguardar o dia de amanhã. Temos informações de que os atrasos nos vôos já estão diminuindo. Estou confiante de que a situação voltará à normalidade. Preciso passar uma palavra de ânimo - disse.
O ministro da Defesa informou também que durante a reunião que teve no início da tarde com os representantes dos controladores de vôo não houve nenhuma reivindicação. Segundo Pires, os controladores apenas reclamaram da tensão sob a qual estão trabalhando desde o trágico acidente do avião da Gol.
Na reunião de emergência convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estavam presentes, além de Lula e Waldir Pires, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, o comandante da Aeronáutica, Luiz Carlos da Silva Bueno, o presidente da Infraero, José Carlos Pereira, e o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi.