Imposto de Importação fica menor para 100 produtos
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira (1º) a redução da alíquota do Imposto de Importação (II) para 100 produtos, a maioria usada como matéria-prima pela indústria. O objetivo é evitar que a alta do dólar, que chegou próximo a R$ 2,30, eleve o preço dos insumos importados e renove a pressão inflacionária. A medida está sendo considerada uma ajuda à indústria nacional neste período de baixo crescimento.
A balança comercial brasileira acumula um déficit de US$ 4,989 bilhões nos sete primeiros meses do ano, ante superávit de US$ 9 927 bilhões no mesmo período de 2012. O resultado anual até julho é o pior desde 1995, quando o acumulado nos sete primeiros meses foi déficit de US$ 4,224 bilhões. Os números foram divulgados na tarde desta quinta-feira (1º), 01, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A série histórica do MDIC tem início em 1990, mas os dados estão disponíveis na internet a partir de 1993.
Segundo o ministério, as exportações no acumulado deste ano somam US$ 135,230 bilhões, com média diária de US$ 926,2 milhões. Por outro lado, as importações atingem US$ 140,219 bilhões, com média diária de US$ 960,4 milhões.
Os dados oficiais mostram ainda que a China continua sendo o país que recebe a maior quantidade das exportações brasileiras. Em julho, o Brasil exportou US$ 4,092 bilhões aos chineses. No mesmo período do ano passado, foram US$ 3,950 bilhões. Os Estados Unidos, na segunda posição, foram responsáveis por US$ 2 228 bilhões das exportações brasileiras em julho. No mesmo mês do ano passado, o valor foi de US$ 2,395 bilhões.
Déficit comercial em julho é pior para o mês desde 1997
A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 1,897 bilhão em julho, segundo dados divulgados na tarde desta quinta-feira (1)º pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O resultado é o pior para o mês desde 1997, quando houve déficit de US$ 550 milhões.
O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro de superávit de US$ 500 milhões. Levantamento realizado pelo AE Projeções com 26 instituições do mercado financeiro apontava resultado entre déficit de US$ 500 milhões e superávit de US$ 1,2 bilhão.
As exportações alcançaram US$ 20,807 bilhões em julho, com média diária de US$ 904,7 milhões. As importações totalizaram US$ 22 704 bilhões e média diária de US$ 987,1 milhões. Há um ano, houve superávit de US$ 2,866 bilhões.
O MDIC divulgou ainda que, na quarta semana de julho, o déficit somou US$ 1,346 bilhão, com exportações de US$ 4,331 bilhões e importações de US$ 5,677 bilhões. Na quinta semana, o saldo da balança comercial ficou negativo em US$ 688 milhões, fruto de exportações de US$ 2,071 bilhões e de importações de US$ 2,759 bilhões.
Governo espera reversão da balança comercial em 2013
O governo acredita que o déficit comercial verificado no acumulado dos sete primeiros meses do ano será revertido para superávit até o fim do ano. O saldo positivo, entretanto, deve ter valor inferior a de anos anteriores, de acordo com avaliação da secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres. "Julho foi um mês atípico. Temos sinais de que os dados vão melhorar, há elementos que nos apontam para recuperação da balança nos meses seguintes", afirmou, destacando a queda de preço de algumas commodities no mês passado, em razão de produções recordes, como do café, açúcar e milho, além do recuo do minério de ferro, que, segundo ela, é reflexo da retomada lenda da economia mundial.
Para o segundo semestre, segundo ela, há a expectativa de que o preço do dólar possa contribuir de maneira "mais positiva" para as exportações brasileiras. "Não há dúvida de que o câmbio melhora a rentabilidade das exportações brasileiras", afirmou.
Em sua última entrevista coletiva como secretária de Comércio Exterior, Tatiana admitiu que internamente o saldo da balança comercial brasileira de 2013 esperado pela Pasta está menor do que o previsto inicialmente. Ela, que deixará o cargo na próxima sexta-feira, disse que exercícios internos da Pasta não tinham como prever no início do ano, por exemplo, o desempenho negativo da conta-petróleo. Sem a conta petróleo, no lugar de um déficit de quase US$ 5 bilhões no acumulado dos primeiros sete meses do ano, haveria um superávit de US$ 10,5 bilhões em 2013 até julho, disse Tatiana. "O desempenho da conta-petróleo será determinante para a definição do saldo no ano."
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