As hidrelétricas brasileiras deverão gerar 21,6% a menos da energia em relação ao que deveriam produzir em fevereiro, tendo que arcar com gastos de 3,299 bilhões de reais, segundo estimativa da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A projeção, divulgada durante apresentação do informativo InfoPLD de fevereiro, é feita com base nas informações das usinas que fazem parte do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) sobre a energia que cada uma alocou para entrega no mês de fevereiro em relação à geração hidráulica prevista.
Segundo os dados, as hidrelétricas que fazem parte do MRE deverão gerar cerca de 12.637 megawatts (MW) médios a menos em fevereiro em relação à garantia física sazonalizada.
O MRE é um mecanismo por meio do qual a energia adicional produzida por algumas hidrelétricas pode ser alocada em outras usinas que estejam gerando menos, de forma a reduzir riscos de não cumprimento de contratos nesse grupo de usinas.
No entanto, desde o ano passado, o regime de chuvas atípico reduziu o nível dos reservatórios das usinas e tem sido verificado um déficit de energia hidrelétrica no MRE, deixando as hidrelétricas do país expostas a gastos no curto prazo.
A expectativa de déficit de geração hidrelétrica em fevereiro é superior ao déficit de 19,6% verificado em janeiro. O impacto financeiro da redução da geração hidrelétrica em janeiro também foi de cerca de R$ 3,3 bilhões, segundo estimativa da CCEE.
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