A crise econômica de 2015 teve um bom efeito: o ajuste das contas externas brasileiras. Segundo o Banco Central, o déficit de todas as trocas de serviços e do comércio do país com o resto do mundo ficou em US$ 58,9 bilhões no ano passado. É o mais baixo desde 2010, quando o Banco Central passou a registrar os dados.
O rombo das contas externas caiu nada menos que 43% em relação a 2014. Essa melhora das contas externas foi provocada pela alta do dólar - causada pelas incertezas políticas e pelos escândalos de corrupção e também pela queda da atividade econômica, que provocou menos importações.
Com a alta da moeda americana, as empresas brasileiras compraram menos insumos e produtos de outros países. E também exportaram mais. Essa perspectiva de retomada do crescimento via vendas para outros países ajudou a evitar uma queda ainda maior dos investimentos estrangeiros no país.
No ano passado, o Brasil recebeu US$ 75,1 bilhões: 23% a menos que em 2014. Apesar de ser um resultado pior que o do ano anterior, o desempenho de dezembro surpreendeu. O BC esperava US$ 6 bilhões, mas entraram U$ 15,2 bilhões. Com esse resultado, os investimentos que ingressaram no país são capazes de cobrir todo o rombo das contas externas. Isso indica saúde e sustentabilidade das contas do Brasil.
Tanto que em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o déficit caiu de 4,32% para 2,69%. Colaborou para essa queda, a retração da economia brasileira.
Turismo
A redução dos gastos dos turistas brasileiros deve ajudar como colaborou para o ajuste do ano passado. Em 2015, as despesas com viagens caíram nada menos que 32%. O dólar alto aplacou o desejo do brasileiro de conhecer o mundo. Mesmo assim, os viajantes gastaram nada menos que US$ 17,4 bilhões.
Também por causa da alta do dólar e da crise, as filiais de empresas multinacionais enviaram menos lucro e dividendo para o exterior. Foram remetidos US$ 20,8 bilhões: 33% a menos que em 2014.
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