O Brasil registrou em 2014 um rombo recorde nas contas externas. Os gastos brasileiros superaram as receitas em moeda estrangeira em US$ 90,9 bilhões, o equivalente a 4,17% do PIB.
O saldo negativo nas transações correntes ficou 12,1% acima do déficit de 2013, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Banco Central. Também superou a expectativa da autoridade monetária, que em dezembro estimava um déficit de US$ 86,2 bilhões.
Em proporção ao PIB, o resultado de 4,17% é o pior desde 2001, quando o déficit chegou a 4,19%, gerando desconfiança sobre a capacidade do Brasil de pagar a sua dívida.
Os investimentos estrangeiros diretos (US$ 62,5 bilhões) não foram suficientes para cobrir o rombo das transações correntes.
Em dezembro, o déficit das transações de bens e serviços com o exterior foi de US$ 10,3 bilhões.
O fraco desempenho da balança comercial, que teve em 2014 seu primeiro déficit desde 2000, foi um dos principais fatores que levaram ao déficit recorde nas transações correntes. O Brasil importou mais que exportou US$ 3,9 bilhões no ano passado.
Viagens
Também houve piora na conta de serviços. O déficit anual subiu de US$ 47,1 bilhões para US$ 48,7 bilhões.
Apesar da desvalorização do real, os gastos de brasileiros em viagens ao exterior foi recorde, chegando a US$ 25,6 bilhões. No ano passado, foram de US$ 24,9 bilhões.
Em ano de Copa do Mundo, os gastos de turistas estrangeiros no país cresceram US$ 210 milhões, muito aquém do que esperava o Banco Central.
Os gastos dos brasileiros ultrapassaram o que os turistas estrangeiros deixaram aqui em US$ 18,7 bilhões.
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