O governo central - União, Banco Central (BC) e Previdência Social - registrou deficit de R$ 15,5 bilhões, ampliando o deficit registrado nos últimos 12 meses para R$ 145 bilhões, o pior desde o início da série histórica, em 1997. A conta foi influenciada pela piora do resultado da União, somada ao rombo da Previdência.
O rombo de maio aponta uma deterioração rápida das contas públicas. Há um mês, em abril, o deficit acumulado em 12 meses estava em R$ 137,8 bilhões. A projeção do governo é que o rombo chegue a R$ 170 bilhões neste ano.
Nos cinco primeiros meses do ano, o deficit é de R$ 23,8 bilhões. É a primeira vez, desde 1997, que o governo central apresenta deficit para o período.
O resultado do Tesouro Nacional - quanto a União gasta a mais ou economiza - apresentou deficit de R$ 3,1 bilhões em maio. No mesmo mês de 2015, o resultado ficou negativo em R$ 1,5 bilhão.
O Banco Central também apresentou deficit de R$ 115,7 milhões, mas menor do que há um ano, quando em maio o buraco foi R$ 257,9 milhões.
O rombo da Previdência alcançou R$ 12,2 bilhões. No mesmo período do ano anterior, o deficit foi de R$ 6,3 bilhões.
A queda da arrecadação foi o principal fator de desequilíbrio das contas do governo central em maio deste ano, quando comparado com maio de 2015. O tombo, corrigido pela inflação (IPCA), é de 9%. As despesas, também corrigidas pela inflação, caíram 1,8%.
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, em termos reais - após descontar a inflação -, as receitas do governo central diminuíram 6,1%, e as despesas cresceram 1,4%.