As transações correntes do país registraram no mês passado o maior rombo para meses de julho da série histórica do Banco Central: US$ 9,018 bilhões. O resultado leva o déficit acumulado em 12 meses (US$ 77,7 bilhões, equivalente a 3,39% do Produto Interno Bruto) para o maior nível em 11 anos, em um sinal de que as contas externas do país continuam se deteriorando apesar da alta do dólar ante o real. No acumulado do ano, a conta está em US$ 52,472 bilhões, bem próximo do déficit de US$ 54,230 bilhões visto em todo o ano de 2012.
Enquanto a balança comercial e de serviços, que compõem a conta corrente, ainda não sentiram os efeitos positivos da valorização do dólar, a conta de capital e financeira mostra um menor apetite de estrangeiros por ativos brasileiros e cautela das empresas no Brasil em se endividarem em dólares.
O número dos últimos 12 meses é o pior desde junho de 2002, quando o país vivia uma crise de confiança por conta da perspectiva de eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República.
E apesar do dólar mais alto, os gastos líquidos de brasileiros com viagens ao exterior continuaram subindo na comparação anual, chegando a US$ 1,674 bilhão em julho. A expectativa do Banco Central, contudo, é que com o dólar em alta, o resultado externo melhore nos próximos meses.
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