O déficit em transações correntes do Brasil caiu pela metade em junho, a US$ 2,547 bilhões de dólares, comparado com um ano antes e favorecido pelo melhor saldo da balança comercial, sendo totalmente financiado pelos investimentos estrangeiros no país. O BC tinha projetado déficit de US$ 3,5 bilhões de dólares para no mês passado.
Em junho de 2014, o rombo havia sido de pouco mais de US$ 5 bilhões. Nos 12 meses encerrados em junho, o rombo nas contas externas correspondeu a 4,36% do Produto Interno Bruto (PIB), melhor que o déficit de 4,41% até maio, porcentual que foi revisado pelo BC.
Em junho, o saldo das contas externas foi beneficiado principalmente pelo resultado positivo da balança comercial, de 4,398 bilhões de dólares, mais uma vez favorecida pelo recuo nas importações em ritmo maior que nas exportações em meio à atividade econômica fraca. Em igual etapa do ano passado, o superávit havia sido bem menor, de US$ 2,172 bilhões.
Do lado negativo, destaque para as remessas de lucros e dividendos, que somaram US$ 2,509 bilhões, praticamente em linha com o resultado visto um ano antes.
A conta de serviços, caiu 6,6% sobre um ano antes, negativa em US$ 3,432 bilhões de dólares em junho. No mês, as despesas líquidas do item viagens internacionais ficaram praticamente estáveis em US$ 1,203 bilhão.
Semestre
Com isso, o rombo na conta corrente do país – transações no Brasil com exterior, incluindo comércio e serviços, entre outros – encerrou o primeiro semestre do ano em 38,282 bilhões de dólares, quase 25% o inferior ao déficit de US$ 49,972 bilhões no mesmo período de 2014. “A redução (do déficit) está em linha com o que o BC tem projetado para o ano”, disse o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha, referindo-se à estimativa de saldo negativo de 81 bilhões de dólares.
Investimentos
Em junho, segundo o BC, os investimentos diretos no país (IDP) – nova denominação para Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) – chegaram a 5,397 bilhões de dólares.
Assim como ocorreu em maio, o IDP conseguiu cobrir as necessidades mensais de financiamento externo, o que não havia acontecido no ano até abril.