Com o aumento de capital de até US$ 56 milhões na Gol Linhas Aéreas, a americana Delta pode elevar sua participação na empresa brasileira de 3% até 9%.
A operação total será de US$ 146 milhões, sendo que o acionista controlador, o Fundo Volluto, da família Constantino, vai injetar na companhia US$ 90 milhões. Segundo o vice-presidente financeiro da Gol, Edmar Lopes Neto, esse reforço no caixa da Gol vai permitir à empresa enfrentar a queda da demanda nos próximos anos. No último trimestre, o caixa da empresa era de R$ 2,4 bilhões.
“O nosso filme é manter a liquidez da companhia alta e administrar a dívidas com prazo de vencimentos de até dois anos. Estimamos um cenário econômico fraco nos próximos anos e essa operação vai nos garantir a uma melhor condução dos negócios”, disse Lopes Neto, em conference call para analista nesta segunda-feira (13).
Além do reforço no caixa, a operação prevê ainda a emissão de dívida no total de US$ 300 milhões, sendo que a garantia será dada pela Delta tendo lastreada às ações do programa de fidelidade da Gol, o Smilles. No último trimestre, a dívida de curto prazo da Gol estava em R$ 1,2 bilhão.
“Toda essa operação vai nos permitir reforçar nosso caixa em até R$ 1,4 bilhão”, acrescentou o executivo.
Operação
Lopes Neto não adiantou quais as mudanças operacionais poderão ocorrer com o aumento de capital da Gol pela Delta, mas adiantou que toda operação será aprovada em reunião do Conselho de Administração em setembro deste ano.
“A ideia é reforçar a parceria que as companhias mantêm desde 2011. Como assinamos um memorando de entendimentos, estamos trabalhando no novo acordo”, acrescentou o executivo.
Gol e Delta mantêm um acordo de compartilhamento de voos, que permite que passageiros Gol voem Delta, assim como clientes Delta tenham acesso às rotas da Gol no Brasil e na América do Sul. A operação será enviada aos órgãos reguladores para aprovação.